Anunciantes buscam associar marcas a conteúdos positivos

Enquanto você navega na internet, os anúncios aparecem em cada página acessada. O que poderia ser um incômodo, torna-se vantajoso. O produto que surge na tela, na vida real pode atrair o consumidor para um contato mais próximo com o produto. Mas essa experiência positiva dependerá do conteúdo ao qual a marca estiver associada.

Uma pesquisa sobre a viralidade dos conteúdos online realizada pelos norte-americanos Jonah Berger e Katherine L. Milkman descobriu que conteúdo positivo é mais compartilhado do que os negativos. Os pesquisadores analisaram 7.000 artigos publicados no jornal New York Times. Segundo o estudo, as histórias que estimulam as boas emoções têm mais potencial multiplicador.

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Quanto mais associados a mensagens positivas, mais as marcas têm chance de alcançar um público maior e oferecer boas referências para os novos clientes. É necessário observar as temáticas e os valores dos endereços online, seja através dos links patrocinados exibidos nas buscas do Google, em sites e blogs ou ainda em redes sociais.

Empresas preocupadas em vender sua imagem em grandes sites com milhares de visualizações correm um risco constante. Nunca se sabe a qual conteúdo as suas marcas estarão vinculadas. A quantidade e popularidade devem estar associadas a construção de um perfil de credibilidade, onde valores como vida, solidariedade e respeito sejam um cartão de visita permanente.

Experiências negativas causam prejuízos

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Imagine uma famosa rede de lanches fast food ou uma grande empresa de carros promovidas junto a conteúdos extremistas e preconceituosos. Agora imagine o desconforto dos futuros clientes em adquirir produtos vinculados a imagens tão chocantes. Um grupo de cerca de 250 anunciantes do Google e do Youtube perceberam que associar suas marcas a vídeos negativos pode trazer prejuízos.

Esse foi o resultado de uma investigação do jornal britânico The Times. Marcas como L’Oreal, Volkswagen, Toyota, McDonald’ e até o governo do Reino Unido tinham anúncios exibidos em sites com conteúdos ofensivos. As empresas agora cobram descontos em espaços publicitários mais seguros e o Google busca reparar os prejuízos causados à reputação dos anunciantes.

Elementos multiplicadores

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Além de produções ágeis e relevantes, a visão positiva é determinante para o sucesso da marca. Aristóteles, nos anos 350 a.C, já elencava os segredos para a popularidade de um discurso junto ao público. São três princípios: possuir apelo ético (ethos), apelar para as emoções (pathos) e conter apelo lógico justificável (logos).

No século XXI, o que Aristóteles identificou reflete os resultados do estudo de Jonah Berger e Katherine L. Milkman. “Se você está tentando criar conteúdo para fazer um grande sucesso, tornar a mensagem positiva, capaz de ajudar, a emocionalidade é a chave. Naturalmente, o conteúdo mais interessante, útil e surpreendente também tem mais probabilidade de se transformar em viral”, concluíram os pesquisadores.

Crescimento do marketing digital

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Uma análise do Interactive Advertising Bureau (IAB) do Brasil verificou um aumento de 26% no mercado de publicidade digital em 2016 em relação ao ano anterior. No total foram 11,8 bilhões de reais em investimentos. A projeção de crescimento para aquele período era de apenas 12%.

Mesmo no cenário de recessão econômica, o mercado midiático tem avançado. “Os números comprovam o rápido amadurecimento da publicidade digital e a eficiência do meio, principalmente em um ano fortemente marcado por uma séria crise na economia brasileira”, afirmou Cristiano Nobrega, presidente do IAB Brasil.

Com informações: Scientific American / Neil Patel / Midiatismo / Media Response / Zero Hora / G1

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