Bienal de Arte Digital: expressão do imaginário simbólico

Cores e formas em movimento e nas mais variadas dimensões. A partir desta sexta-feira (6) até o dia 2 de fevereiro o Brasil recebe a ‘The Wrong New Bienal de Arte Digital’, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. É a primeira vez que o país sedia a exposição ‘Digital Provocateurs’ com expressões artísticas da geração ‘Pós-Digital’.

A bienal reúne obras de artistas renomados e abre espaço para novos talentos. Estão presentes na mostra nomes como Paulo Arraiano (Portugal), Stine Deja (Dinamarca), Oliver Pauk (Canadá), Rebenok (Rússia), Maurizio Vicerè (Itália), Arno Beck (Alemanha), Julio Lucio (Espanha), Fernando Velazquez (Uruguai), Ewa Doroszenko (Polônia) e Jacek Doroszenko (Polônia).

Do Brasil participam artistas como Oskar Metsavaht, Marc Kraus, Adriano Motta, Luiz Zanotello, Paulo Berliner, Paulo Vivacqua e Cadu. A curadoria da exposição é de Gabriela Maciel e assistência curatorial de João Vergara.

A The Wrong New Bienal de Arte Digital busca criar, promover e impulsionar a arte digital contemporânea para um público amplo.

Obra do artista uruguaio Fernando Velázquez. Foto: Fernando Velázquez

Segundo o artista uruguaio Fernando Velázquez, o projeto contribui para a renovação do imaginário simbólico dos tempos atuais. “Eventos como a ‘The Wrong Biennale’ e a exposição ‘Digital Provocateurs’ oferecem a possibilidade de entrar em contato com um tipo de produção praticamente ignorada pelas instituições convencionais, sejam galerias, museus ou mesmo bienais de arte contemporânea. A própria The Wrong Bienal, já é um evento disruptivo, pois foge das lógicas do circuito. É um evento autogerido, com inúmeros curadores e temas, e distribuída por diferentes países”, afirmou.

Vídeo, fotografia 3D, samples, entre outras formas de expressão são os dispositivos de comunicação artística contemporânea presentes na mostra. ‘Psychedelic Synthesis’ é o título da videoinstalação do brasileiro Oskar Metsavaht. Uma projeção na parede mostra a obra inspirada em duas fotografias clicadas pelo artista no deserto Vasquez Rocks. Elementos pictóricos propõem uma jornada metafísica. “As fotografias são um exercício de introspecção e a videoinstalação, uma experiência psicodélica”, diz Oskar.

Obra do artista brasileiro Oskar Metsavaht. Foto: Oskar Metsavaht

A exposição é regida por um conceito polifônico lançado pela geração contemporânea. Nesse ambiente físico e digital, elementos tecnológicos e científicos retratam o tempo presente e sinalizam o que está por vir. “Somos fascinados pelo mundo artificial da tecnologia relacionado com a estrutura da natureza”, contam Ewa Doroszenko e Jacek Doroszenko, da Varsóvia.

A dupla de artistas leva para bienal partituras musicais em formato de vídeo. “No entanto, as partituras musicais não são direcionadas diretamente a um músico, mas seu caráter visual é composto para refletir a trajetória da percepção do ouvinte e para documentar o curso e layout do fluxo de partículas do som. Nossa prática criativa emprega uma mistura de mídia digital, fotografia, pintura, vídeo e som”, explicam os poloneses.

Em circulação desde 2013, a Bienal The Wrong é o principal evento de arte digital no mundo, fundada pelo espanhol David Quilles Guilló. No Brasil, as instalações digitais estão espalhadas pelas áreas de circulação da Cidade das Artes.

Serviço

The Wrong Bienal de Arte Digital – Digital Provocateurs

Local: Cidade das Artes, Avenida das Américas, nº 5300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)

Data: 6 de janeiro a 2 de fevereiro, de quinta-feira a domingo

Horádio: 14h as 22h

Entrada: gratuita


Com informações: SEGS / Cidade das Artes / Allmanaque

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