Gel criado por brasileiro promete tratar lesões de herpes em 1 dia

Um professor e pesquisador da USP de Ribeirão Preto, Vinícius Pedrazzi,  desenvolveu uma nova forma de secar rapidamente, em um único dia, o problema incômodo e comum: a herpes labial.

A herpes tipo 1 – costuma aparecer na boca, mas que também pode se manifestar em outras áreas da face, no tronco ou até mesmo nos órgãos genitais. É causada pelo vírus herpes simplex (Herpesvírus hominus) e não tem cura.

“Estava atendendo uma paciente muito vaidosa. No dia em que eu ia entregar a prótese, ela apareceu com lesões grandes na boca, e, como era perto do natal, ela insistiu para sair logo com a prótese”, conta Pedrazzi, que diz não ser costumeiro, por segurança, atender pacientes que estejam com feridas herpéticas.

Anestésico

Como, durante o procedimento ortodôntico, a paciente estava sentindo dores por conta das feridas, o dentista e professor da USP aplicou um anestésico em volta das áreas com lesões. “Isso foi de manhã. À tarde ela ligou e falou que as feridas tinham sumido”, recorda Pedrazzi.

A curiosidade fez com que uma pesquisa fosse logo iniciada. O resultado foi, a partir do anestésico usado inicialmente, o desenvolvimento de um tipo de gel que, se aplicado três vezes, de oito em oito horas, praticamente some com as lesões de herpes da boca.

Película incolor

Após a aplicação que cobre a lesão e deve ter alguma margem de segurança em volta da região do ferimento, uma película incolor é formada, e que deve ser deixada no local por duas horas.

Atualmente, uma pesquisa (com apoio da Fapesp e do CNPq) sobre o creme é conduzida com 115 pacientes, alguns deles sendo acompanhados há mais de um ano.

Vinícius Pedrazzi diz que em menos de 20% dos pacientes não há sucesso total – sumir todas as lesões e não haver recidiva da aplicação, mas que mesmo nesses casos há melhora no quadro clínico.


Com informações: Folha de São Paulo /  24 Horas News

 

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