Um dos maiores espetáculos da natureza: próximo eclipse solar nesta segunda-feira

Dia 21 de agosto, nesta segunda-feira um dos maiores espetáculos da natureza, com efeitos visuais impactantes no mais vívido e sensorial 3D: um eclipse solar total.

O sol ficará encoberto pela lua em sua totalidade, tornando-se uma impressionante bola preta e coroada por raios ao seu redor, ao longo de cerca de 3 minutos.

O eclipse sobre a terra é de tal forma imenso, que irá alterá a dimensão da crosta terrestre. O alinhamento entre o sol, a lua e a terra e a força gravitacional que tal alinhamento provoca no planeta – especialmente durante a lua nova, justamente de maior força gravitacional – fará com que a crosta terrestre “inche” cerca de 4 centímetros.

O fenômeno poderá ser visto no céu brasileiro entre 16h e 18h, sendo que o seu ápice acontecerá às 17h.

Foto: Reprodução

Segundo os especialistas é o eclipse mais assistido da história.

Hoje como todo espetáculo há uma área vip, que poderá assistir ao show com imensos privilégios, pois a totalidade do eclipse será visível somente para uma faixa dos Estados Unidos, que vai do Oregon à Carolina do Sul.

No entanto para a natureza não existem prediletos: a última vez que os EUA viram um eclipse solar total foi em 1979, o último que cruzou o país foi em 1918.

O evento está sendo chamado pelos americanos de o “maior eclipse da história”. A NASA preparou um site especial sobre o eclipse, que irá transmiti-lo ao vivo via streaming.

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Segundo o astrônomo Daniel Mello, do Observatório do Valongo, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), eclipse solares não são fenômenos tão raros quanto parecem ser. Eles ocorrem de tempos em tempos, quando a Lua, em sua órbita em torno da Terra, passa exatamente na frente do Sol, ocultando-o, parcial ou completamente, e gerando sombra em locais específicos da Terra.

“Em um eclipse solar total, é possível observar uma região especial do Sol chamada coroa solar. Os astrônomos têm muito interesse em estudar essa camada para compreender melhor o mecanismo de geração de partículas elétricas do Sol”, explica Mello. “Estas partículas chegam até a Terra e podem afetar satélites artificiais, estações e naves espaciais, além de interagir com o campo magnético do planeta e poder causar danos em torres de transmissão de energia elétrica.”

Foto: Reprodução

De acordo com as informações, o impacto é tão dramático que até nosso peso se altera: por conta da força anti-gravitacional que a rotação terrestre oferece, ficamos com cerca de 500 gramas a menos. Mas não se espante: esse fenômeno, em diferentes escalas, acontece em toda lua nova.

Por aqui o eclipse será visível, de forma parcial, somente no norte do Brasil, nos estados do Amapá, Roraima, Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Distrito Federal e na metade ao norte dos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.

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O fenômeno poderá ser visto em uma faixa de 3 mil quilômetros no país. Observadores de Boa Vista, Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Natal, João Pessoa e Recife devem conseguir ver até 40% do Sol coberto. Em Brasília só 2% da cobertura poderá ser visualizada. Quem estiver mais ao sul do Brasil como o Rio de Janeiro, por exemplo, não avistará o eclipse.

Mesmo para o resto da população, o eclipse também tem sua relevância. “Para o cotidiano das pessoas, o fenômeno é importante tanto pela chance de contemplar um dos fenômenos astronômicos mais belos, quanto do ponto de vista cultural, possibilitando um melhor entendimento, interação e reflexão do homem frente aos aspectos naturais que o cerca”, diz o astrônomo.

Cuidados na observação

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Um eclipse não deve ser observado diretamente. “Nunca se deve olhar para o Sol sem proteção”, adverte Gustavo Rojas, astrônomo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “A intensa radiação solar pode danificar a visão em instantes. Por isso, é preciso utilizar proteção adequada, como filtros astronômicos ou vidros como os usados em máscaras de solda.” O especialista também alerta que não se deve utilizar óculos, binóculos ou telescópios, instrumentos que concentram os raios solares e podem causar graves danos à visão.

Para quem for observar o fenômeno aqui no Brasil, o equipamento mais adequado é um filtro astronômico feito com um polímero que permite a passagem de uma fração minúscula da luz. Esse equipamento, no entanto, não é vendido aqui no Brasil e precisa ser encomendado. Por isso, o astrônomo sugere utilizar um vidro de máscara de solda com tonalidade 14, que é facilmente encontrado em lojas de material de construção.

Com informações: Hypeness /  Mundo Amazônia / Veja / Notícias Uol

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