A história de superação da youtuber que possui doença rara

No dia do seu nascimento, a estudante de direito da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Paloma Aparecida Ferreira Lira, foi diagnosticada com Ictiose Congênita Lamelar; doença sem cura, caracterizada pela escamação da pele.

Hoje, 28 de fevereiro, é dia de homenagear todos aqueles que são portadores de doenças raras, assim como Paloma, que busca o tratamento e encontrou na plataforma do Youtube a motivação para isso.

“Quando nasci, fiquei três meses na UTI, pois os médicos não sabiam do que se tratava na época; eles haviam me dado somente 24 horas de vida”, relata.

Devido sua condição física, Paloma afirma ter sido vítima de bullying na escola e preconceito no mercado de trabalho, foi então que ela começou a se interessar pelo Youtube.

“Entrei para a plataforma em 2016, por brincadeira, um amigo da faculdade me incentivou a criar o canal. No começo tinha medo do que eu encontraria. Fazer vídeo de maquiagem me deu mais autoestima e autoconfiança. Hoje, faço por diversão, pois sei que as meninas adoram”, ressalta.

“Cinderela Country”

Em setembro de 2018, Paloma recebeu sua placa de 100 mil inscritos no Youtube. Foto: Reprodução | Instagram

No site, Paloma produz conteúdos de diversos temas, como tutorial de maquiagem e daily volg (vídeos do dia a dia). O canal “Cinderela Country” tem mais de 270 mil inscritos e possui vídeos com mais de seis milhões de visualizações.

“Recebo alguns comentários indesejados, mas nunca me desanimo, pois sei que muitas pessoas desejam o meu bem e não querem que eu pare de fazer o meu trabalho. Meus inscritos e seguidores me dão muita força, é por eles que continuo fazendo os vídeos!”, comenta.

Atualmente, Paloma está arrecadando uma vakinha virtual com a ajuda de seu público, para então, conseguir custear seu tratamento nos Estados Unidos, com um dermatologista especialista em ictiose.

O nome do canal foi inspirado em suas duas maiores paixões: maquiagem e três tambores, esporte do qual ela pratica e compete há anos, ao lado da sua companheira, a égua Pérola, que apesar de não ser sua, Paloma a trata como filha.



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“A Pérola é a minha calmaria, meu porto seguro digamos; minha terapia. Um conjunto de amor e respeito. Três tambores é tudo na minha vida”, finaliza.

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Paloma é competidora de três tambores na região. Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Com informações: Solutudo

Edição: Josy Gomes Murta

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