Anvisa aprova uso emergencial do medicamento Paxlovid contra a Covid-19

Medicamento é indicado para pacientes adultos que não precisam de oxigênio suplementar mas apresentam risco de agravamento da doença

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (30), a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, do medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir) para tratamento da Covid-19. A decisão da Diretoria Colegiada da agência acontece após reunião pública.

O medicamento é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos. A indicação de uso é voltada para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de agravamento da doença.

O medicamento já possui aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA); na Europa pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), no Canadá, na China, na Austrália, no Japão, no Reino Unido e no México.

O pedido para uso emergencial foi recebido pela Anvisa no dia 15 de fevereiro via empresa Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda./Pfizer.

Na reunião, a diretora Meiruze Freitas, relatora do processo, afirmou que foram avaliadas todas as evidências científicas disponíveis e que a decisão pela aprovação levou em consideração o equilíbrio entre riscos e benefícios, conhecidos ou potenciais, do medicamento.

“Todos os processos de medicamentos e vacinas contra a Covid-19 submetidos à agência foram exaustivamente avaliados por uma equipe multidisciplinar de servidores públicos que empenharam todos os seus esforços para que, no Brasil, fosse dado acesso a diferentes vacinas e tratamentos”, disse.

Sobre o uso

A Anvisa informa que o medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica e não está autorizado para início de tratamento em pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19. Além disso, o Paxlovid não deve ser utilizado como método de profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.

De acordo com a Anvisa, o fármaco não está autorizado para uso por mais de cinco dias. Devido à escassez de dados do uso do medicamento em gestantes, deve-se evitar a gravidez durante o tratamento. O Paxlovid também não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal.

O medicamento deve ser dispensado exclusivamente pelo farmacêutico, com orientação ao usuário de que o uso é individual e exclusivo ao paciente que recebeu a prescrição.


Com informações: CNN

Edição: Josy Gomes Murta


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