Brasileira ganha prêmio internacional por pesquisa para identificar agrotóxicos em alimentos

Elisa Souza Orth. A professora do Departamento de Química, da Universidade Federal do Paraná (UPPR), foi uma das ganhadores do Green Chemistry for Life 2018, premiação internacional, que tem a parceria da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), da União Internacional pela Química Pura e Aplicada (IUPAC) e da empresa PhosAgro.

A pesquisadora é chefe de um projeto de desenvolvimento de um produto inovador que pode, de forma barata e rápida, identificar a presença e a quantidade de agrotóxicos nos alimentos.

Ao adicionar nanocatalisadores na água que se lava frutas, verduras e legumes, Elisa constatou que seria possível ver imediatamente pela mudança na coloração da água se os alimentos têm pesticidas e se estão em um limite seguro.

A ideia

É que os catalisadores sejam produzidos a partir de materiais reciclados ou resíduos agrícolas, como por exemplo, a casca do arroz.

Elisa Souza Orth é Filha de uma bióloga e de um agrônomo, a professora, de 34 anos, foi a única mulher das Américas a receber o prêmio. Seu trabalho foi um dos nove escolhidos entre mais de 100 inscritos.

A cientista já havia recebido outros reconhecimentos nacionais e internacionais. Ganhou o Grande Prêmio Capes de Tese Milton Santos, na área de Engenharias, Ciências Exatas e da Terra e Multidisciplinar – Materiais e Biotecnologia, em 2012, e em 2015, conquistou o Para Mulheres na Ciência da Fundação L’Oréal, no Brasil. No ano seguinte, foi a vez do International Rising Talents, também oferecido pela L’Oréal, em parceria com a Unesco.

Premiação

Os 30 mil dólares concedido pelo Green Chemistry for Life será utilizado na compra de novos equipamentos e no financiamento do projeto sendo conduzido pela equipe do Grupo de Catálise e Cinética da UFPR. A cerimônia de premiação aconteceu em setembro, na Tailândia, durante uma conferência, na qual a professora também foi uma das palestrantes convidadas.

O foco das pesquisas de Elisa é em uma classe de agrotóxicos denominada de organofosforados (organophosphate – OP – , em inglês). Desenvolvido nas décadas de 1930 e 1940, originalmente como um agente de gás nervoso humano, mas depois adaptado, em doses menores, para ser utilizado como inseticida, ele é associado com o aparecimento de câncer, leucemia, autismo, entre outros problemas mentais.


Com informações: Conexão Planeta

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