Brasileiros podem visitar Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, sem visto 

Turismo, trânsito ou visitas de negócios. Os brasileiros podem visitar as cidades de Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), com apenas o seu passaporte comum.

O acordo bilateral isentando cidadãos dos dois países já está em vigor desde o dia 3 de junho. Os detentores de passaporte comum podem entrar, sair e circular livremente pelos respectivos territórios por um período de até 90 dias a cada 12 meses, sem burocracia ou pagamento de taxas. O Brasil passa a ser a 151ª nação a isentar seus cidadãos de visto.

Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores alerta que os viajantes devem ficar atentos, já que a única exigência para a eficácia do acordo é apresentar um passaporte com ao menos seis meses de validade pela frente.

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A isenção não vale para trabalho ou estudo. Nesses dois casos é preciso buscar uma autorização específica, de acordo com o que é exigido por cada país.

A mudança pode aumentar o interesse de turistas brasileiros em buscar o país árabe como destino de férias ou pelo menos de permanecer mais dias em caso de conexões para lugares como China e Índia.

O custo do visto simples para os Emirados (permitindo uma única entrada no país) era de US$ 96,59. Além disso, era preciso ter uma espécie de patrocinador intermediando o pedido de visto, como uma companhia aérea ou uma agência de viagens.

O tratado facilita o fluxo de turistas entre os dois países. A ideia é fortalecer as relações bilaterais entre os dois países, estimulando o comércio exterior e o turismo. No ano passado a corrente de comércio – a soma das exportações e das importações – entre Brasil e Emirados Árabes atingiu US$ 2,7 bilhões. Desse total US$ 2,5 bilhões foram exportações de produtos brasileiros, principalmente alimentos.

O montante é pequeno se comparado aos US$ 217 bilhões exportados pelo Brasil no ano, mas corresponde a 37% de tudo que vende para os seis países do Golfo: Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Bahrein, Omã e EAU.

O fim do visto
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Para ambos os países parece interessante. Tanto Brasil quanto EAU entraram no ranking dos 25 países que mais gastaram com turismo internacional em 2017. O Brasil ocupou a 16ª posição na lista da Organização Mundial do Turismo, com um gasto de US$ 19 bilhões, enquanto os Emirados Árabes ficaram em vigésimo lugar, com gasto de US$ 17,6 bilhões.

Atualmente a Emirates, principal companhia aérea dos Emirados Árabes, já opera 14 voos semanais entre o Brasil e Dubai, saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro. A partir de julho outros cinco voos partindo de Santiago do Chile vão passar pela capital paulista. Segundo a empresa, em uma década o volume anual de passageiros transportados nessa rota subiu de 26 mil para 288 mil. As novas regras para o visto aumentam as chances de quem viaja a negócios ficar mais dias nos dois países para fazer turismo.

Motivos não faltam para conhecer Dubai
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De acordo com o Índice Global de Cidades de Destino da MasterCard, Dubai é a quarta cidade mais visitada do mundo. Motivos não faltam para conhecer Dubai, entre eles o lançamento do La Perle by Dragone, criado pela franquia Cirque du Soleil; inauguração do maior parque de realidade virtual do mundo (VR Park); o Dubai Frame com vistas incomparáveis ​​do horizonte de Dubai; e o Dubai Safari com uma experiência de vida selvagem em estilo africano. A cidade ainda abriga o maior parque temático coberto do mundo (IMG Worlds of Adventure); o maior resort integrado de parques temáticos da região, o Dubai Parks and Resorts; e a Dubai Opera.

Outras medidas 
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O governo dos Emirados Árabes Unidos anunciou também que deve eliminar as restrições à propriedade de empresas por estrangeiros no país. Hoje ela é limitada a uma fatia de 49%, com os outros 51% pertencentes a um sócio local. A promessa é que a partir do fim do ano o percentual chegue a 100%. Os detalhes dessa medida só serão conhecidos no terceiro trimestre.

Na mesma ocasião o governo divulgou ainda que pretende conceder vistos de até dez anos para investidores e especialistas nas áreas médica, científica, técnica e de pesquisa. A medida faz parte do plano de reduzir a dependência do petróleo e transformar o país em uma economia cada vez mais baseada no conhecimento.

A expectativa de analistas é que ao permitir que profissionais fiquem no país por um prazo relativamente longo, o governo dê fôlego ao consumo local (em atividades como varejo, educação e saúde), ao setor imobiliário e também reduzir as remessas estrangeiras, estimadas em US$ 45 bilhões em 2017.


Com informações: Folha de S.Paulo / Maior Viagem

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