Conheça 7 bibliotecas universitárias: todas elas são obras arquitetônicas

Ambientes agradáveis. Corredores silenciosos, organização cuidadosa de suas prateleiras. Algumas abrigam livros raríssimos, outra fica aberta 24h por dia nos 365 dias do ano. Elas são verdadeiras obras arquitetônicas, que, por si só, já valeriam a visita.

Confira algumas dessas bibliotecas universitárias. Todas elas são vinculadas de alguma maneira a uma universidade, e existem para servir como ambientes de estudo e reflexão para seus alunos. 

Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra

Foto: Reprodução

Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra já foi considerada pelo jornal inglês The Telegraph uma das mais espetaculares do mundo. Criada no século XVIII por ordem do rei Dom João V (de onde ela tira seu nome).

As salas da biblioteca são fartamente decoradas com ouro, boa parte possivelmente deve ter vindo do Brasil.  

Cada uma das salas é decorada com ouro sobre fundo de uma cor diferente. E no ponto mais visível do edifício encontra-se um retrato de João V, responsável pela sua construção opulenta.

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A biblioteca tem cerca de 1250 metros de área útil e conserva cerca de 70 mil volumes de temas como direito, teologia e filosofia, dos séculos XII ao XIX.

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Para proteger essas obras das traças, usa um recurso bem peculiar: morcegos. Eles são soltos à noite para se alimentar dos insetos que comeriam as páginas. Mas, naturalmente, a temperatura e umidade das três salas da biblioteca são controladas também.

The Beinecke Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale

Foto: Reprodução

Beinecke Rare Book and Manuscript Library é dedicada a manuscritos e livros raros. As obras precisam de condições especiais para conservação, e isso explica boa parte da arquitetura chamativa do edifício. Seu interior é composto por uma torre de vidro de seis andares, sustentada por pilares em seus quatro cantos.

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Essa torre de vidro, por sua vez, fica dentro de uma “caixa maior” de granito e mármore (quem vê o edifício de fora só vê essa parte). O mármore tem mais de 3cm de espessura, mas mesmo assim deixa passar um pouco de luz solar em dias mais claros, gerando um brilho amarelado no interior do ambiente.

Foto: Reprodução

Em torno da torre de vidro há um mezanino com espaço para a exposições de obras raras, como uma cópia original da Bíblia de Gutenberg. No total, a Beinecke tem espaço para mais de 180 mil livros em sua torre de vidro, e mais de um milhão em seu espaço no subsolo. Trata-se, de acordo com o site da biblioteca, de um dos maiores edifícios do mundo dedicado a livros raros.

The Library of Trinity College Dublin

Foto: Reprodução

A biblioteca do Trinity College Dublin é composta por diversos edifícios. O mais antigo deles, conhecido como “Old Library“, começou a ser construído em 1712 e levou 20 anos para ser terminado.

Atualmente, a “Old Library” não é apenas uma biblioteca renomada como também uma atração turística.

Foto: Reprodução

A principal sala desse edifício é chamada de “Long Room”. Ela tem 65 metros de comprimento e abriga cerca de 200.000 livros, entre eles alguns dos tomos mais antigos do acervo.

Em frente ás prateleiras, mirando o corredor central, estão bustos de mármore de grandes filósofos e pensadores ocidentais. Totalizando 51 bustos. 

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Além dos livros, a biblioteca também resguarda um manuscrito original da proclamação da independência da Irlanda e uma harpa de madeira de carvalho e salgueiro, com 29 cordas. Essa harpa é a que é usada como modelo para o brasão da Irlanda.

George Peabody Library da Johns Hopkins University

Foto: Reprodução

George Peabody Library reflete o estilo do século XIX, quando foi construída graças à doação de um magnata da época — o próprio George Peabody. Ela deveria ser inaugurada em 1860, mas conflitos relacionados à Guerra Civil dos EUA atrasaram até 1866 a inauguração de suas primeiras alas.

No entanto, só em 1878 a construção da biblioteca seria encerrada, cumprindo seu objetivo de tornar-se uma “catedral de livros”. Ela foi parte do Instituto Peabody até 1967, quando sua propriedade foi transferida para o município de Baltimore. Em seguida, a Johns Hopkins University tornou-se sua administradora em 1982.

Foto: Reprodução

Dentro da George Peabody Library há mais de 300 mil livros, de todas as áreas. Algumas disciplinas com maior representação, no entanto, são religião, história da ciência, geografia, línguas e literaturas românicas (francês, espanhol, inglês, português, etc.) e história, literatura e biografias dos EUA.

Nakajima Library, da Akita International University

Foto: Reprodução

Nakajima Library pode não ser a biblioteca mais volumosa ou imponente. No entanto, ela tem algo que nenhuma outra biblioteca dessa lista tem: fica aberta 24 horas por dia, 365 dias por ano. A ideia é justamente oferecer um ambiente em que é possível estudar a qualquer momento.

Em termos arquitetônicos ela também chama a atenção. Em particular, destaca-se o fato de que ela é construída inteira de madeira. E não de qualquer madeira, mas de cedro da própria região de Akita, onde ela se localiza. O projeto lembra um “coliseu de madeira”, feito para inspirar os estudantes a enfrentar desafios intelectuais como os antigos gladiadores.

Foto: Reprodução

Mesmo que você não fale japonês, a biblioteca vale uma visita, e não só pela arquitetura. Mais de 60% dos seus livros não são em japonês, e boa parte deles estão em inglês. A coleção internacional da Nakajima Library fez com que ela fosse uma das 14 bibliotecas do Japão a serem designadas como Biblioteca Depositária da ONU.

Klarchek Information Commons, da Loyola University of Chicago

Foto: SCB Architecture

Á beira do lago Michigan, o Klarchek Information Commons é um edifício de aço e vidro que oferece vistas espetaculares: de um lado, o campus de Lake Shore da Loyola University; do outro, a imensidão do lago Michigan.

Foto: Reprodução

O prédio foi projetado de acordo com a filosofia dos “três Cs” que norteia a universidade: Colaboração, Conectividade e Comunidade. Por isso, além de um grande acervo de livros, ele também oferece internet sem fio de alta velocidade para todos os visitantes, e dispõe de espaços de estudo ou de socialização. É por abrigar essas diversas práticas distintas que ele se chama “information commons” em vez de biblioteca.

Foto: Reprodução

Ele é, ao mesmo tempo, uma das três bibliotecas universitárias que compõem o acervo da Loyola university, que conta com mais de 900 mil livros — distribuídos entre os edifícios, é claro. A internet de alta velocidade, os espaços de estudo colaborativo e as vistas maravilhosas, no entanto, são exclusividade do Klarchek Information Commons.

Biblioteca de Filologia da Universidade Livre de Berlim

Foto: Archdaily

Projetado pelo renomado arquiteto Norman Foster, o edifício da Biblioteca de Filologia da Universidade Livre de Berlim é livremente inspirado na forma do cérebro humano. As ideias de “paredes” e “teto” se confundem, já que ele parece todo envolto por uma espécie de redoma feita de placas de alumínio e vidro.

Foto: Archdaily

Essa construção e os materiais usados, no entanto, também tem outras vantagens. Elas permitem que a biblioteca aproveite imensamente a ventilação e iluminação naturais. As prateleiras curvas, cheias de bancadas para estudos, também remetem às curvas do cérebro.

Foto: Archdaily

Livros. Ela abriga 13 coleções que antes pertenciam a bibliotecas universitárias separadas da universidade, como Clássicos, Estudos Latino-americanos, Literatura Geral e Comparada e Filosofia, totalizando cerca de 800 mil volumes. 


Com informações: EstudarFora

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