Curitiba lidera ranking nacional de cidades inteligentes e conectadas

Na edição 2018 do Ranking Connected Smart Cities, realizado pela Urban Systems em parceria com a Sator, a cidade de Curitiba (PR) foi eleita a cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

O top 5 de 2018 ainda teve a presença de Vitória (ES), Campinas (SP) e Florianópolis (SC). Na sexta colocação aparece o Rio de Janeiro (RJ), seguido por Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Niterói (RJ), na 10ª colocação.

Curitiba vem subindo no ranking nos últimos anos e o prefeito da cidade, Rafael Greca, comemorou a liderança.

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“Apostamos na ideia da inovação e estamos desencadeando um processo criativo sem precedentes. O município tem o compromisso de melhorar a qualidade de vida dos curitibanos com uma gestão moderna e inteligente”

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Foto: Reprodução

O Ranking Connected Smart Cities foi lançado em 2015 e a metodologia foi desenvolvida a partir do levantamento das principais publicações nacionais e internacionais sobre o tema cidades inteligentes, conectadas e sustentáveis. Com base nestes estudos, foram elencados 70 indicadores possíveis de se mensurar dentro da realidade brasileira. A coleta de dados se deu em organismos nacionais como Ministérios, Secretarias, Agências Reguladoras, entre outros. 

A capital do estado do Paraná hospedou neste ano o evento Smart City Expo Curitiba 2018, que teve como tema “A inovação como motor de desenvolvimento econômico”. A segunda edição do congresso no Brasil, em 2019, integrará as comemorações de aniversário da capital paranaense.

O que é uma cidade inteligente?
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O conceito de smart city, como é chamada, refere-se a ambientes urbanos planejados, que promovam a inclusão com informação. A tecnologia é um dos fatores que contribuem  para otimizar os processos das cidades, desde o transporte até o consumo de energia. A ideia nasceu da ficção científica do século 20, com diversas histórias falando de cidades quase 100% automatizadas.

Hoje em dia, as cidades inteligentes são aquelas preparadas para receber o cidadão, com ruas caminháveis, espaço para ciclistas, acessibilidade, transporte público, e a tecnologia facilita a coordenação de esforços em larga escala. Por meio da comunicação e de novos recursos, é possível garantir o mínimo de desperdício e o máximo de funcionalidade para todos os sistemas. O resultado é um aumento considerável na qualidade de vida da população.

Como Curitiba tornou-se uma smart city?
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Os vários critérios envolvidos que definem uma cidade inteligente são bem claros. Eis algumas características de Curitiba:

• Planejamento urbano de qualidade

Um ambiente bem planejado. No caso de Curitiba não houve um planejamento anterior na sua construção, mas ocorreram diversos esforços de reestruturação a fim de o ambiente urbano se tornar o mais sintonizado e funcional possível.

• Planejamento do espaço

Facilita diversos outros esforço a longo prazo. Exemplificando: é muito mais simples planejar a mobilidade urbana, como as linhas de ônibus, metrô, trem, rodovias e ciclovias, quando você já sabe onde a maior parte da população vive e para onde devem se deslocar ao longo da semana. Graças a essa reestruturação, a cidade se tornou uma grande referência de transporte público no mundo inteiro.

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• Preocupação com sustentabilidade

Uma cidade inteligente também é aquela que se preocupa com sua longevidade e a qualidade de vida de seus cidadãos. A preservação ambiental é um dos aspectos que sempre chama atenção. Afinal, uma cidade com áreas verdes e vegetação bem distribuída é melhor para seus cidadãos, pois reduz a poluição e dá às pessoas um espaço para praticar atividades ao ar livre, entre outros fatores. 

Sustentabilidade também diz respeito ao consumo de energia, tratamento de lixo e coordenação dos órgãos públicos e empresas nesses processos. Priorizar materiais recicláveis é uma iniciativa mais individual, mas estimular essa escolha e ter um sistema capaz de receber este material e reutilizá-lo é um esforço conjunto.

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• Foco nas necessidades dos habitantes

Curitiba é considerada uma smart city não porque usa muita tecnologia em seus processos. Ela ganhou esse título pela forma como usa essa tecnologia. Todas os recursos são aplicados de forma a atender alguma das demandas básicas que todos os cidadãos têm. E quanto mais necessidades são atendidas, melhor a cidade tende a funcionar como um todo.

Serviços simples como mobilidade pública, atendimento de saúde e distribuição de energia, podem ser mais bem coordenados quando há um sistema tecnológico auxiliando. Mesmo o secretário mais disciplinado não consegue manter o controle de tudo isso em sua agenda.

• Inovação em todos os estágios da administração

Este é, definitivamente, o ponto mais forte desta cidade. Inovar é um pré-requisito em toda cidade inteligente, pois não é possível lidar com os mesmos problemas sempre da mesma forma e esperar que os resultados sejam melhores. A aplicação da tecnologia precisa ser estratégica e criativa, o que exige a participação de profissionais de todos os níveis.

Diante disso, nasceu o Vale do Pinhão, uma referência ao Vale do Cilício dos EUA. Um ecossistema de inovação que reúne qualquer iniciativa para melhorar a qualidade da cidade. Novos sistemas de transporte, melhor administração, desenvolvimento e melhoria de ensino etc. É um ambiente totalmente dedicado a criar soluções para melhorar a cidade.

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• Cadeias de comunicação eficientes

A tecnologia contribui para uma melhor comunicação interna. Se um órgão público não está ciente dos problemas da cidade ou não tem dados precisos sobre a situação, é bem mais difícil tomar uma atitude eficaz. 

Aplicar a tecnologia para melhorar a comunicação da máquina pública e de empresas que contribuem em inovação. Assim, as partes interessadas sempre saberão como se coordenar para prestar o melhor serviço, sem desperdiçar recursos no caminho.

“Quais as três melhores palavras que definem as cidades inteligentes? Eficiência, inovação e tecnologia. Ainda temos muito o que aprender sobre elas, as cidades inteligentes devem sempre priorizar a sustentabilidade”, declarou o professor Marcos César Weiss, do laboratório de sustentabilidade da Universidade de São Paulo.

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“As cidades inteligentes não precisam ser somente as grandes cidades, mas qualquer cidade pode ser uma cidade inteligente. Sem a colaboração com a iniciativa privada, a cidade inteligente pode ser somente um sonho, concluiu o Professor Marcos César  Weiss.

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Com informações: Computerworld / Tecmundo / Richter Gruppe / Mobilidade Sampa

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