Economia Criativa: redes de cooperação empresarial, alianças e parcerias estratégicas

Por Regina Medeiros Amorim

As transformações econômicas ocorridas nas últimas décadas têm estimulado as micro e pequenas empresas a readequarem as suas estruturas organizacionais, para acompanhar as transformações socioeconômicas ocorridas desde o fim do século passado.

A partir de então, surgiu um novo padrão competitivo, marcado pela flexibilidade produtiva, aprimoramento contínuo de produtos e processos, parcerias com fornecedores, relacionamentos com os clientes, oportunidades tecnológicas, estratégias competitivas e colaborativas.

A cooperação entre as empresas gera benefícios que as tornam mais fortes e competitivas. Esses ganhos têm aumentado através da formação de redes de cooperação empresarial, alianças e parcerias estratégicas, para vencer a evolução acelerada da inovação e atender às mudanças nas preferências dos consumidores.

Iniciativa exitosa

As micro e pequenas empresas nem sempre possuem todas as competências para manter-se competitiva no mercado. Por isso é fundamental implementar estratégias coletivas que permitam alcançar objetivos, que individualmente seria impossível.

O surgimento das redes de cooperação empresarial tem sido uma iniciativa exitosa para a competitividade das organizações, em todos os territórios desse planeta. As redes de cooperação é uma das melhores alternativas para solucionar os desafios das empresas, no cenário econômico atual, permitindo as conexões e a sua interdependência para o enfrentamento das dificuldades e a busca de soluções coletivas.

Um dos exemplos de redes de cooperação é a formação de redes associativas de micro, pequenas e médias empresas, com o objetivo de buscar soluções para as oportunidades e a superação dos problemas coletivos.

Exemplos bem-sucedidos

As redes de cooperação formadas na Paraíba e no Brasil, têm rendido vários exemplos bem-sucedidos, nas suas mais diversas formas de atuação. Temos várias associações empresariais que se destacam pela sua capacidade de governança, colaboração e atitude mais inteligente de atuar no mercado, com mais visibilidade, fortalecimento em rede e o crescimento das empresas.

Uma dessas redes de cooperação é a ATURA – Associação de Turismo Rural e Cultural de Areia – PB, que coordena eficientemente as práticas colaborativas, buscando o comprometimento de cada associado e evitando o surgimento de privilégios entre eles. As redes de cooperação tendem a permanecer como modelo de identidade organizacional coletiva, das novas economias, com geração de ganhos competitivos e coletivos, quando comparados a outras organizações fora da rede.

Outro exemplo é a rede de Turismo Rural Consciente (TRC), criada no Brasil, em plena pandemia de 2020, que se constitui em uma verdadeira comunidade estratégica de conhecimento e gestão colaborativa, um ambiente favorável à interação entre empresários e as organizações, que compartilham experiências, informações e conhecimentos, pelas suas relações em rede.

As redes de cooperação empresarial têm contribuído para amenizar as dificuldades individuais das pequenas empresas, com relação a concorrências, desconhecimento de mercado, atualização tecnológica, capacitação de funcionários, acesso ao crédito.

Vantagem competitiva de estar em rede

As relações colaborativas resultam em ganhos para todos os envolvidos numa concepção de resultados coletivos e fortalecimento da competitividade das empresas associadas a uma rede. Por isso, quanto maior for o número de empresas em rede associativa, maior será a capacidade dessa rede em ampliar o seu poder de mercado, junto aos seus fornecedores e parceiros.

Uma das razões de sucesso das grandes empresas é que elas dominam e controlam o mercado. A formação de redes de cooperação pode ser considerada uma das melhores alternativas para tornar os pequenos negócios mais fortes, ter reconhecimento, credibilidade e legitimidade no mercado.

Outra vantagem competitiva de estar em rede é ampliar a capacidade de atrair parcerias e oportunidades de negócios, facilitar o acesso aos mercados. Nas redes associativas, o conhecimento e a aprendizagem coletiva, possibilitam aos indivíduos e empresas gerar, processar e transformar informações e conhecimentos, em ativos econômicos. As redes de cooperação fortalecem a aprendizagem coletiva e facilitam o processo de socialização do conhecimento.


Regina Medeiros Amorim

Gestora de Turismo e Economia Criativa. Paraibana, sertaneja, natural de Santa Luzia. Em 1976 mudou-se para a capital paraibana. Viveu em Maceió (Al) de 1989 a 1999.  Radicada em João Pessoa desde 2000.

Trabalha no Sebrae da Paraíba. Mestre em Visão Territorial e Sustentável do Desenvolvimento, Pós-graduada em Gestão e Marketing do Turismo. 

*Dama Comendadora do Turismo – Comenda Cruz do Mérito do Turismo – Câmara Brasileira de Cultura. (Outorga de Notáveis da Região Sul em Foz de Iguaçu e demais regiões do Brasil – Foz do Iguaçu-PR, em 14/05/22).

Facebook: https://www.facebook.com/regina.medeirosamorim

E-mail: reginaamorim1256@gmail.com


Edição: Josy Gomes Murta


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