Espera: o tempo pelo viés psicológico na arte de Américo Filho

A vegetação enrosca na vida. Em pedaços de madeira, a tinta lança formas e imagens na matéria inanimada. Na exposição intitulada “Espera”, o artista visual Américo Filho, conhecido pelo pseudônimo de Meiacor brinca com o tempo de forma onírica.

A mostra está em cartaz na Galeria de Artes Irene Medeiros, no Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande. “Sabe aquele momento que insiste em não acabar?”, provoca o artista, graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Foto: Thercles Silva

Américo Filho explica os sentidos que regem a exposição. “Em alguns momentos da nossa vida sentimos que o tempo para. Geralmente acontece quando algo importante está para acontecer, ou quando simplesmente você está atrasado e o coletivo insiste em não chegar. O tempo se arrasta e não se pode fazer nada, basta esperar. É destes ‘instantes eternos’ que fala a série Espera”.

O artista que desenha desde criança enveredou a carreira pelos caminhos da animação, grafite e ilustração. Em “Espera”, Américo Filho adotou um suporte diferente daquele que está habituado. “Certo dia encontrei uns pedaços de madeira numa construção perto de casa, então peguei, guardei em casa, depois de algum tempo fiz um teste e gostei do resultado. As pinturas ganharam o corpo que mereciam”, conta.

Foto: Thercles Silva

Meiacor, anagrama de Américo no graffiti, já participou de diversas exposições e coleciona alguns prêmios locais, como o melhor Vídeo-poema no Concurso de Vídeo Poema Augusto dos Anjos. Entre as obras que já ilustrou estão os quadrinhos Anayde Beiriz e Horácio de Almeida.

“Espera” fica em exposição até 31 de maio, com visitação de terça-feira a sábado, das 8h às 21h.


Com informações: Teatro Municipal Severino Cabral / Pigmum

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