Estudantes brasileiros criam carro elétrico para cadeirantes e ganham prêmio internacional

Estudantes da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, conquistaram o prêmio de melhor projeto do concurso internacional Renault Experience, em Paris, na França.

Batizado de OrniTwizy, o carro elétrico venceu mais três categorias do concurso: o de melhor inovação, melhor análise de custo e modelo de negócio.

“A ideia de montar o carro acessível veio logo que montamos a equipe. Queríamos fazer uma proposta inovadora que nenhuma montadora tivesse feito antes: trazer dignidade e mobilidade para pessoas com deficiência”, contou um dos integrantes da equipe, Felipe Machado, estudante do curso de Design.

Integram também o time os alunos Jonata Rocha Fett e Nickolas Augusto Both (Engenharia Eletrônica), Matheus Furlan da Silva (Engenharia de Produção) e Marco Antônio Fröhlich (mestrando em Tecnologia dos Materiais e Processos Industriais).

O grupo Ornitwizy é composto por melhores amigos que jamais tinham se visto antes. “Acho que grande parte do sucesso da equipe se deu por isso: nosso primeiro contato foi por competência, daí desenvolvemos confiança e admiração uns pelos outros”, disse Felipe. Foto: Arquivo Pessoal

Os estudantes também criaram um aplicativo para que o usuário possa alugar o carro futuramente. Ele localiza o veículo mais próximo e até o nível da bateria. Inclusive, a equipe já iniciou o registro do sistema e encaminharam a patente.

“Planejamos todo o projeto em 11 semanas e construímos o protótipo em um mês, em Curitiba. Foi desafiador encontrar o tamanho do mercado, fazer o planejamento financeiro e a adaptação do veículo para sistema de compartilhamento veicular, para que as pessoas não precisem comprar o carro, pagando somente pela utilização”, contou Felipe.

Através de um sistema pivotante, o assento do motorista se desloca para fora do veículo. Com isso, o cadeirante consegue sair da cadeira de rodas, sentar-se ao volante e fechar o cinto de segurança do lado de fora. Depois, ele conecta a cadeira em um anexo do lado direito e pode guiar sem depender de alguém. Foto: Arquivo Pessoal

Em janeiro, os estudantes vão marcar presença no CES 2020, da Consumer Technology Association, em Las Vegas (EUA), para agregar mais ideias ao projeto.

“Estamos super ansiosos por absorver conhecimento, descobrir o que o mundo todo está produzindo e trazer ainda mais ideias para fazer projetos diferenciados no Brasil, sempre com foco em soluções sociais e sustentáveis”, conclui Felipe.

O grupo ainda desenvolveu um sistema logado para aceleração e frenagem manual, o que permite a qualquer pessoa com dificuldade de mobilidade (amputados ou anões) guiar o mesmo veículo que pessoas sem problemas de mobilidade. Foto: Arquivo Pessoal
A Renault Brasil pagou a construção do primeiro carro. O próximo passo é otimizar o projeto para homologação e buscar investimento ou uma parceria com alguma grande montadora. Foto: Arquivo Pessoal


Com informações: RPA

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