Gel pode impedir a propagação do câncer após a cirurgia

Cientistas testaram um simples gel em ratos cujos tumores de melanoma avançados foram removidos por cirurgia. Eles descobriram que o spray reduziu o crescimento do tumor original, o que, por sua vez, ajudou a evitar que o câncer aparecesse em outro lugar. 

O gel tem uma ótima estratégia: em vez de atacar ativamente as células cancerígenas, funciona estimulando o sistema imunológico do paciente. As células cancerosas liberam uma proteína chamada CD47, que diz ao corpo para não atacar o tumor, então o novo spray gel contém um anticorpo que bloqueia essa proteína, permitindo que o sistema imunológico identifique e mate as células cancerígenas. 

Nanopartículas

Os anticorpos no gel são carregados em pequenas nanopartículas feitas de carbonato de cálcio, que é um ingrediente presente em cascas de ovos e que se dissolve em feridas cirúrgicas. À medida que se dissolve, liberta lentamente anticorpos na ferida. Isso também aumenta a atividade de um tipo de célula imune chamada macrófago, que detecta e mata as células. 

Foto: Reprodução

Os pesquisadores também descobriram que o gel poderia ativar outra célula imune conhecida como T, que melhora ainda mais a resposta do corpo.

Segundo o principal autor da pesquisa, Qian Chen, isso proporcionou “outra linha de ataque contra as células cancerosas persistentes”. 

Testes

O aerossol foi testado até agora apenas em camundongos, não em pessoas, porque mais pesquisas são necessárias antes que possam ser clinicamente testadas em pacientes humanos para ver se funciona. Apesar disso, os resultados são promissores, com mais da metade dos ratos sobrevivendo por pelo menos 60 dias sem qualquer recorrência de câncer. 

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“Este gel pulverizável é promissor contra um dos maiores obstáculos para curar o câncer. Uma das marcas registradas do câncer é que ele se espalha. De fato, cerca de 90% das pessoas com tumores cancerígenos acabam morrendo devido à recorrência do tumor ou metástase. A possibilidade de desenvolver algo que ajude a reduzir o risco de isso acontecer e que tenha toxicidade muito baixa é especialmente recompensadora”, disse Zhen Gu, que liderou a equipe de pesquisa

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Foto/Imagem destacada: Fundação de Defesa da Vida | Reprodução

Com informações: CC News / IFL Science / Nature Nanotechnology  

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