Jornalista nova-iorquino aponta características que fazem o Brasil ser melhor que os EUA

De um lado uma superpotência. Do outro um país subdesenvolvido. Pesos diferentes desafiam a gravidade. A balança não pende para nenhum dos lados. Mas também não há equilíbrio. No jogo das nações, a formação histórica e a identidade de cada povo ditam a regras da comparação.

Estados Unidos e Brasil podem até ser parceiros comerciais, mas são apenas nas características. Entretanto, nos costumes e aspectos da cultura, instala-se a inveja do Tio Sam, da Terra Brasilis.

Listar os motivos da inveja é tarefa que qualquer estrangeiro está disposto a fazer ao analisar a realidade dos dois países.

O país de lá, por vezes, é considerado melhor do que o de cá. Mas na vida cotidiana alguns desses hábitos e exemplos, muitos norte-americanos gostariam que fossem produtos para o Brasil exportar.

Alimentação

Na culinária, comida caseira é iguaria exótica na mesa de uma população acostumada a se manter de pé a base dos fasts foods. A gastronomia brasileira, além de rica culturalmente é variada e atende aos mais diversos paladares.

No país verde e amarelo até a natureza é generosa. Enquanto em terras norte-americanas os sucos são consumidos em caixinha ou concentrados, aqui a fruta chega fresca, no copo, vendido em qualquer esquina. Artigo de luxo por lá, no Brasil tem preço acessível.

Dinheiro

Quando o bolso está vazio, o dinheiro de plástico entra em cena. Do camelô da rua até o dono da loja de grife, todos têm uma máquina de passar cartão. A estratégia evita assaltos e mantem o mercado aquecido. Nos EUA, usar o cartão é sempre um risco. No país não são exigidas senhas e a chance de roubos é alta.

Realizar um pagamento também é um desafio para os norte-americanos. Transferência como a do Documento de Ordem de Crédito (DOC) não existe naquelas terras. As opções disponíveis são o cheque ou Paypal.

Folga

Feriados e férias são oportunidades de descanso e diversão, além de manter o turismo em alta. No Brasil, os dias de folga tornam-se feriadões. Assim, em datas nas quais o dinheiro não circula no banco é nas mãos dos comerciantes que os dias inúteis são lucrativos.

Ao contrário do Brasil, nos EUA as empresas não são obrigadas a liberar seus funcionários em qualquer feriado. Direito a férias e a licença-maternidade são benefícios que entram na lista dos mais invejados pelos norte-americanos.

Campanha eleitoral

O interesse pelas campanhas políticas eleitorais não é unanimidade no Brasil. Muitos não veem a hora da produção em série de promessas acabar. Enquanto as propagandas de rádio e TV ocupam três meses da vida do brasileiro, nos Estados Unidos, a disputa começa cedo e nunca termina, segundo o jornalista nova-iorquino Seth Kugel.

Vida urbana

Simpatia é característica marcante do povo brasileiro. Nas ruas e lugares públicos do Brasil é fácil encontrar rostos conhecidos ou uma pessoa ao lado pronta para puxar conversa. O contato interpessoal não é o forte dos norte-americanos, eles prezam pelo próprio espaço e individualidade.

A síndrome de superpotência tem reflexos até no tamanho dos carros dos norte-americanos. Os avantajados veículos são um dos fatores que tornam o país um dos mais poluentes do mundo, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA). No Brasil, os carros tendem a ser menores e cada vez mais eficientes.

A separação entre o país norte-americano e o maior território da América do Sul não se mede apenas pelos mais de 7 mil quilômetros de distância. No dia a dia, a simplicidade e as facilidades da vida do brasileiro são bastante distintas do cotidiano de um nova-iorquino, por exemplo, obrigado a carregar o peso da importância do país.

A brincadeira do jornalista nova-iorquino Seth Kugel ao citar detalhes que tornam o Brasil melhor que os EUA, apoiado pela experiência de quem morou naquele território e as observações de turistas confirmam o que já era conhecido. Temos motivos de sobra para fazer os norte-americanos sentirem inveja dos brasileiros.

Com informações: Exame / Estudar Fora / Rios Vivos / Fatos Desconhecidos