Jump: bike elétrica da Uber chega ao Brasil em 2019

A bike elétrica Jump já foi testada em San Francisco, na Califórnia (EUA). A Uber deve instalar em breve o serviço de aluguel de bicicletas que deve chegar primeiro em São Paulo (SP).

Ryan Rzepecki, fundador e chefe da Jump, declarou: “A América Latina é nossa prioridade máxima agora. Será em 2019, só não sabemos precisar o mês. São Paulo deve ser uma das primeiras cidades que vamos desembarcar”.

O mês não foi revelado pelo executivo, mas provavelmente para uma área restrita de São Paulo, está próximo de ocorrer. A Jump já opera em 10 cidades dos Estados Unidos e anunciou recentemente expansão para a Europa. O objetivo é marcar presença em boa parte do mundo no próximo ano.

Como é usar a bike elétrica

Foto: Reprodução

Quando chegar ao Brasil, o usuário não precisará usar um outro aplicativo: a nova plataforma funcionará dentro do app principal da Uber. O sistema de compartilhamento do uso da bicicleta lembra o da Yellow, que atua em uma região limitada de São Paulo. A diferença da Uber é que a bicicleta é elétrica.

Na tela inicial do app da empresa, o usuário pode escolher no topo se quer “viajar” ou “pedalar”. Ao marcar a segunda opção, será mostrada uma variedade de bicicletas disponíveis na sua área. As duas opções são dadas ao usuário e, segundo a Uber, já há uma tendência de mais pedidos por bikes do que carros durante a tarde em San Francisco, por exemplo.

Guilherme Telles, ex-chefe de operações da Uber no Brasil e atual diretor global de operações da Jump explicou: “De manhã você pode querer usar a bike, de noite você pode querer um carro. Acho que é complementar. Talvez tenha uma porcentagem de pessoas que vão trocar e usar a bike para trabalhar, mas isso é só um dado da porcentagem, no fim você está trazendo mais pessoas para a plataforma”.

Foto: Reprodução

Para escolher a bike, o usuário tem que selecionar uma bicicleta no aplicativo, digitar nela um PIN que aparecerá no app e sair pedalando.

O veículo é bastante pesado e tem um sistema elétrico que promete ser o diferencial principalmente para cidades como São Paulo, com muitos morros. Andar nele é como subir andando uma escada rolante, o usuário faz um esforço, mas ele é mínimo e quem te impulsiona é a bike.

A bicicleta tem ainda diferentes marchas no guidão para usar em terrenos distintos. Nos testes realizados em San Francisco, uma cidade conhecida pelas subidas, foram observados que o sistema não requer um grande preparo físico para subir rampas, o trabalho duro é feito em sua maior parte pela bicicleta.

A única coisa incômoda da bicicleta é ao final. Ela tem um gancho para prender em um poste ou outro elemento da rua ao fim da viagem e, como a bike é pesada, é difícil de manejar para um amador a princípio. Ao prender o gancho, a viagem é encerrada.

Foto: Reprodução

O usuário pode deixar a bicicleta em qualquer lugar, como ocorre com a Yellow e não é necessário deixar em docks como o sistema do Itaú. A própria Jump pega ao fim do dia as bicicletas com a bateria descarregada e faz o recarregamento. A bateria dela dura para cerca de 60 km, segundo a empresa.

O pagamento ocorre direto no cartão cadastrado no aplicativo nos EUA, é US$ 2 (cerca de R$ 8) pelos primeiros 30 minutos e depois é cobrado por minuto. A Jump diz que a grande maioria das viagens são curtas e não passam do período de 30 minutos. Não há previsão do preço que será praticado no Brasil.

Segurança 

Uma grande preocupação em relação às bicicletas é com a segurança do equipamento. Vandalismo e roubos são, sim, temores da Uber, mas a empresa afirma que a maioria dos componentes da bike são inúteis depois de retirados por criminosos – até mesmo a bateria e a parte elétrica. São necessárias também ferramentas especiais para abrir a bicicleta.

_______

“Todos os componentes são customizados, da bateria ao resto. Não tem um segundo mercado para isso e aí afasta roubo e vandalismo”.
– Nick Foley, chefe de hardware da Jump

________

As bikes, atualmente, têm a maior parte de sua produção na China. Por conta das altas taxas de importação do Brasil, a Jump cogita fabricar uma parte no país ou trabalhar com parceiros locais.

No Brasil

É provável que o nome Jump seja mantido no Brasil e que o serviço não seja chamado de Uber Bike ou algo assim. A Uber já trabalha com cidades brasileiras para regulamentar o novo transporte – em San Francisco, por exemplo, a empresa só pode colocar 500 bikes na rua.

No Brasil, o mercado de compartilhamento de bicicletas tem crescido e várias companhias tentam lançar o produto no país – por enquanto, existem soluções do Itaú em São Paulo e no Rio, além da Yellow na capital paulista. A Jump não teme a concorrência e exalta sua solução ser elétrica.

Foto: Reprodução

“Onde operamos vimos que teve uma forte preferência por bicicletas elétricas em detrimento da de pedal. No geral é um mercado em expansão, vai ter muita competição. Tentamos diferenciar oferecendo o melhor hardware e veículos. E somos parte das plataforma da Uber, vamos poder ter muitas opções ao consumidor dentro do mesmo app”, contou Ryan Rzepecki.

A Jump planeja até mesmo fazer parcerias com cidades para incentivar uma construção de infraestrutura para bicicletas. Foi o que ocorreu recentemente em Santa Monica e Los Angeles, que não contavam com tantas estruturas de ganchos nas ruas para as bicicletas.


Com informações: UOL

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.