Mais de 4,5 mil empresas oferecem descontos na Semana do Brasil

A Semana do Brasil começa nesta sexta-feira (6) e segue até o dia 15 de setembro deste ano. A iniciativa do governo federal tem como objetivo movimentar a economia brasileira, por meio de descontos e promoções aos consumidores.

Segundo o governo federal, mais de 4,5 mil empresas vão participar da iniciativa, que uma parceria da Secom com o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) e, nos últimos meses, segmentos do varejo, comércio e serviços foram mobilizados.

Para o presidente do IDV, a Semana do Brasil “é um movimento totalmente suprapartidário que trará benefícios para a economia do país como um todo. Haverá incremento de consumo no mês de setembro, que será benéfico para as empresas envolvidas na campanha e, principalmente, para os consumidores”, disse em entrevista ao site do Planalto.

O coordenador do mestrado profissional em administração do Insper, Silvio Laban, diz que a Semana do Brasil é uma tentativa de incluir uma data de consumo em um mês que não há comemorações tradicionais, como é o caso de maio (Dia das Mães) e agosto (Dia dos Pais).

Boa iniciativa

A professora dos MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas) Virene Matesco diz que é preciso “olhar como uma boa iniciativa, mas tem que ter um entusiasmo mais moderado”. Para ela, o consumidor brasileiro talvez não tenha fôlego financeiro para lidar com mais um período de compras, devido à situação econômica atual.

Virene considera que uma série de fatores devem influenciar para o sucesso ou não da iniciativa, lembrando que, por ser a primeira edição, é normal que os efeitos sejam mais brandos. “Vai depender do comportamento dos lojistas, do grau de inadimplência da família e se os preços forem convidativos”, afirma Virene.

O professor da Escola de Negócios da PUC-Rio Augusto Costa afirma que o engajamento do setor privado será “essencial para o sucesso da empreitada, na medida em que são as empresas o principal catalizador desse processo”. No entanto, Costa diz que é prematuro esperar um resultado surpreendente na primeira edição da Semana.

A lista de empresas participantes da Semana do Brasil está disponível no site oficial da campanha.

Opinião do mercado

Foto: Reprodução

O presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), José César da Costa, afirma que a iniciativa chega em “boa hora”. Para ele, “as ações estratégicas de estímulo ao setor varejista são cruciais. O caminho para o crescimento econômico do país passa necessariamente pelo aumento do consumo, melhoria do crédito e diminuição do desemprego”.

Animado com a iniciativa, o presidente da CNDL diz que a Semana do Brasil “ajudará a aquecer o comércio oferecendo produtos ao consumidor com preços especiais, como acontece em outros países, como, por exemplo, os Estados Unidos, que realiza sua tradicional ‘Black Friday’ no dia 4 de julho, data que marca a independência do país”. Costa considera que a semana vai ao encontro das expectativas do setor empresarial.

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) afirmou que é uma das apoiadoras da Semana do Brasil e que é positivo que aconteça em setembro, já que é um mês que não tem tradição forte de vendas.

“Após passarmos por uma forte crise econômica, o país está com dificuldades para se recuperar, e essa união do poder público com a iniciativa privada em prol de uma grande ação como a Semana do Brasil, que tem o objetivo de impulsionar o consumo interno, é muito positiva, irá movimentar a economia, e trará benefícios para todos: governo, empresários e consumidores”.

O presidente da fintech Zetra, Flavio Naufel, afirma as expectativas para a Semana são as “melhores possíveis”. “É um movimento que visa aproximar cada vez mais e oportunizar negócios”, afirma. 

Para ele, “as famílias estão buscando a todo instante oportunizar o preço para o consumo” e, por isso, a Semana do Brasil tem potencial para trazer bons resultados.


Com informações: R7

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