Meninos e meninas: uma questão de gênero

Mais do que sugerir a discussão sobre o tema, a Organização Não Governamental Plan International divulgou um vídeo em que faz uso de animações e desenhos para explicar a importância de uma educação que promova a igualdade de gênero na infância.  

O objetivo da Plan é promover a defesa dos direitos das crianças. No Brasil, os estados da região Nordeste são os grandes focos dos projetos. 

O vídeo da campanha foi produzido de maneira didática, conta a história dos gêmeos Ana e João e traz reflexões importantes: é preciso questionar hábitos tidos como naturalizados, mas que só reforçam desigualdades.


 
 

A Plan International quer ampliar o diálogo e ajudar os educadores a criarem ambientes livres de preconceito. 
 
No site da campanha, eles disponibilizaram um vasto material: dicas, explicações e dados sobre a desigualdade de gênero no país, além deste mini documentário que conta a experiência de professores em promover a igualdade de gênero nas escolas do Piauí.

 
 

Igualdade de gênero um dever de casa
 
Impossível falar em igualdade de gêneros com crianças, se os adultos não aplicam na prática o que falam. Os pais precisam servir de exemplo. 
 
Inicialmente dividindo as tarefas domésticas. Exemplificando: lavar a louça é tanto uma tarefa da mãe, quanto do pai, do mesmo modo, trocar o pneu do carro, entre outras.
 
Para os educadores, isso também se aplica no que diz respeito a vida escolar dos filhos. Os homens também devem frequentar reuniões escolares e ajudar os filhos nos deveres de casa. 
 
A educação, tanto na escola, quanto em casa é importante na construção de uma sociedade igualitária, contribui para combater a desigualdade, e ainda tem o poder de ajudar a mudar os valores de uma sociedade.
 
Foto: Reprodução
 
Você ensina seus filhos sobre igualdade de direitos?
 
Observe se tem aplicado a igualdade de gênero em casa:
 
⇒ Futebol é coisa de menino e balé é de menina? 
 
⇒ Você tem aproveitado o momento de brincadeiras dos seus filhos para ensinar sobre igualdade? 
 
⇒ Palavras e chavões carregados de preconceitos estão presentes nas suas conversas diárias, e a garotada como testemunha? 
 
⇒ Você pratica no dia a dia o respeito as diferenças?
 
Foto: Reprodução
 
Educar para a igualdade 
 
Hoje em dia tanto meninos, quanto meninas estão interessados em jogar bola, da mesma forma que meninos também tem interesse pela dança. 
 
De acordo com Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
 
“Os pais têm de oferecer um leque amplo de possibilidade de atividades para que os filhos escolham o que mais lhes interessa, mas sem reforçar estereótipos. Muitas vezes os meninos vão mesmo se interessar mais pela bola, mas há aqueles que não gostam de futebol e vão optar por outra coisa. Os pais devem saber entender e estimular as escolhas dos filhos”.
 
Ela argumenta ainda que os pais devem aproveitar as brincadeiras para ensinar sobre igualdade de gêneros. Não quer dizer que o pai deva comprar uma boneca para o filho e querer que ele brinque com ela contra a vontade. Mas quer dizer que deve aceitar e tratar de forma natural se o menino pedir um brinquedo classificado como “de menina”. O mesmo, claro, se aplica às meninas. “Dar um caminhão a uma menina não influencia em nada sua identidade feminina. Assim como dar uma boneca a um menino não compromete sua masculinidade”, acrescenta Quezia.
 
Foto: Reprodução/Cérebro representando masculino e feminino
 
Outra forma de combater o preconceito é atentar para a linguagem do dia a dia. Existem palavras que por si só carregam preconceito: “Meninos não choram”, “rosa é cor de menina”, “lugar de mulher é na cozinha”. 
 
Estas frases ressaltam a discriminação dos papéis masculinos e femininos na sociedade. Cabe aos pais não reproduzirem esses conceitos dentro de casa. 
 
O melhor lugar para começar a ensinar sobre respeito é dentro de casa. As crianças devem aprender que é preciso respeitar todas as pessoas, independentemente de seu sexo ou de sua orientação sexual. 
 
Não é preciso ser um profissional da educação para ensinar sobre respeito. Ao usar frases simples, e comportamento exemplar os adultos podem orientar as crianças como respeitar as pessoas.
 
Foto: Reprodução/Mãe conversando com o filho
 
O respeito também deve estar presente quando as crianças crescem e iniciam seus primeiros relacionamentos amorosos. Os pais devem ensiná-los sobre as mudanças que seus corpos estão sofrendo e sobre o respeito que devem ter por seu próprio corpo e pelo corpo do outro.
 
Independente do gênero masculino ou feminino, todos devem ter direitos e deveres iguais, principalmente o dever de respeitar e o direito de ser respeitado, em tudo! 
 
Foto: Reprodução
 
Com informações: The Huffington Post/Educar para crescer abril

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