Oscar 2019: Veja a lista completa dos vencedores

A cerimônia do Oscar 2019 foi transmitida pela ABC, aconteceu ontem (24) no Teatro Dolby em Los Angeles, Califórnia, onde foram entregues as estatuetas em 24 categorias. Os produtores do evento foram Donna Gigliotti e Glenn Weiss e a realização foi, também, de Glenn Weiss.

Entre os destaques da noite a cantora Lady Gaga. Ela ganhou o Oscar de melhor canção original por “Shallow”, de “Nasce Uma Estrela”, depois de uma apresentação emocionante da música ao lado de Bradley Cooper.

Confira todos os vencedores do Oscar 2019: 

 Melhor filme 

Foto: Reprodução

“Green Book – O Guia” 

O filme saiu da premiação com um total de três estatuetas, incluindo também as de roteiro original e ator coadjuvante, para Mahershala Ali. 

Dirigido por Peter Farrelly, “Green Book” baseia-se em uma história real que envolve Tony Lip (Viggo Mortensen), um ítalo-americano bronco e preconceituoso que trabalhava como segurança na boate Copacabana, de Nova York, e que no começo dos anos 60 se tornou motorista de um magnífico pianista negro, Don Shirley (Mahershala Ali), durante sua turnê pelo sul dos Estados Unidos. 

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“Este filme tem a ver com nos amarmos a despeito das nossas diferenças.”
– Peter Farrelly

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Melhor diretor

Foto: Reprodução

Alfonso Cuarón – “Roma”

Eleito o melhor diretor no Oscar 2019. O mexicano Alfonso Cuarón levou o prêmio, seu segundo na categoria, por “Roma”, como já era esperado após suas vitórias no Sindicato dos Diretores, no Bafta e no Globo de Ouro. 

O cineasta, que já havia ganhado as estatuetas de melhor fotografia e melhor filme estrangeiro, recebeu o prêmio das mãos de Guillermo Del Toro, seu amigo e vencedor do troféu no ano passado por “A Forma da Água”.

No seu discurso Cuarón agradeceu à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood por premiar um filme sobre uma trabalhadora doméstica de origens indígenas.

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“Eu quero agradecer à Academia por reconhecer um filme centrado em uma mulher indígena, uma das 70 milhões de trabalhadoras domésticas sem direitos, uma personagem que historicamente foi relegada a segundo plano no cinema. Como artistas, nosso trabalho é olhar para onde os outros não olham. Essa responsabilidade se torna muito mais importante em momentos em que somos encorajados a olhar para o outro lado.”
– Alfonso Cuarón

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Melhor ator

Kevin Winter | Getty Images | Reprodução

Rami Malek – “Bohemian Rhapsody” 

Oscar de melhor ator por sua performance em “Bohemian Rhapsody”. Rami Malek  subiu ao palco do Dolby Theatre, em Los Angeles, para receber sua estatueta pelo papel de Freddie Mercury, vocalista do Queen, no longa biográfico da banda. Malek, de 37 anos, estava concorrendo ao Oscar pela primeira vez na carreira. O ator é mais conhecido pelo papel na série “Mr. Robot”, pelo qual venceu um Emmy de melhor ator em série dramática em 2016.

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“Eu não era a escolha óbvia [para o papel], mas acho que deu certo”, brincou. “Eu tenho uma dívida eterna com vocês”, disse ao agradecer os membros remanescentes do Queen. 

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Malek homenageou, também, Freddie Mercury. “Ele era um garoto tentando descobrir sua identidade”, definiu. “Para os garotos por aí que estão tentando descobrir a sua, nós estamos aqui celebrando um homem gay, filho de imigrantes, que sempre foi verdadeiro consigo mesmo”.

Melhor atriz

Kevin Winter | Getty Images | Reprodução

Olivia Colman – “A Favorita” 

A atriz subiu ao palco do Dolby Theatre, em Los Angeles, para receber a primeira estatueta da sua carreira. O prêmio também foi o único que “A Favorita” levou na noite. 

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“Isso aqui é genuinamente muito estressante. É hilário! Eu ganhei um Oscar”, disse.

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Melhor ator coadjuvante

Foto: Reprodução

Mahershala Ali – “Green Book: O Guia” 

O ator subiu ao palco do Dobly Theatre, em Los Angeles, para receber a segunda estatueta de sua carreira.

Ali, que venceu anteriormente na mesma categoria por “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, se tornou apenas o segundo ator negro a ter dois Oscar na prateleira. O único outro é Denzel Washington, que levou por “Tempo de Glória” (1989) e “Dia de Treinamento” (2001).

No discurso, o ator agradeceu ao pianista Don Shirley, personagem real que ele interpreta em “Green Book”. Além disso, citou o parceiro de cena Viggo Mortensen, que interpreta Tony Lip, o motorista contratado por Shirley para uma turnê nos anos 1960.

Melhor atriz coadjuvante

 Kevin Winter | Getty Images | Reprodução

Regina King – “Se a Rua Beale Falasse” 

Ela foi premiada por seu trabalho em “Se a Rua Beale Falasse”, do diretor Barry Jenkins.

Em seu discurso, a atriz se emocionou e agradeceu à mãe, que levou à premiação como sua convidada. “Mãe, eu te amo tanto. Obrigada por me ensinar que Deus está e sempre esteve se inclinando sobre mim. Deus é bom o tempo todo”, disse a atriz.

Melhor animação

Foto: Reprodução

“Homem-Aranha no Aranhaverso” 

O projeto já tinha levado o prêmio no Globo de Ouro e era considerado o favorito na categoria, que ainda tinha “WiFi Ralph: Quebrando a Internet”, “Os Incríveis 2”, “Ilha dos Cachorros” e “Mirai”.

O protagonista da história é Miles Morales (voz de Shameik Moore), personagem bem conhecido dos fãs de HQs. O jovem negro, filho de um policial no Brooklyn, se confronta com o Rei do Crime (voz de Liev Schreiber), que criou um portal entre dimensões.

É quando Peter Parker (voz de Jake Johnson) entra na história, assim como Spider-Gwen (voz de Hailee Steinfeld), Spider-Man Noir (voz de Nicolas Cage), Spider-Ham (voz de John Mulaney). Juntos, os heróis precisam derrotar o vilão e fechar o portal antes que suas respectivas dimensões se destruam.

Concebida e produzida por Phil Lord e Chris Miller (dupla de “Uma Aventura LEGO”), a animação ainda conta com talentos como Mahershala Ali, Lily Tomlin e Bryan Tyree Henry no elenco de vozes original.

“Homem-Aranha no Aranhaverso” chegou aos cinemas brasileiros em 10 de janeiro. Um derivado da animação e a sua aguardada sequência já estão em desenvolvimento pela Sony Pictures.

Melhor filme estrangeiro – Melhor fotografia

Foto: Reprodução

“Roma” – México 

O primeiro do México na categoria. O filme de Alfonso Cuarón para a Netflix é um dos principais concorrentes da noite, com dez indicações, inclusive ao prêmio máximo da noite, de melhor filme.

Em seu discurso, o cineasta agradeceu a seu elenco e sua equipe, e fez elogiou os concorrentes: “Todos os indicados provam que estamos no mesmo oceano”.

Filmado em preto e branco, o longa é um projeto pessoal de Cuarón, inspirado por sua infância no bairro de Roma, na Cidade do México. A história segue a rotina de Cleo (Yalitza Aparicio), empregada de uma família de classe média-alta.

O encarregado de entregar o Óscar foi Javier Bardem, que fez o seu discurso completamente em espanhol.

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“Não há fronteiras nem muros que freiem o engenho e o talento”, disse o ator espanhol no palco do Teatro Dolby. “Em cada região do mundo há histórias que nos comovem e nesta edição comemoramos a excelência e a importância da cultura e do idioma de diferentes países”, acrescentou.

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Melhor roteiro original

Foto: Reprodução

“Green Book: O Guia” 

O prêmio foi recebido por Nick Vallelonga, Brian Currie e Peter Farrelly, que é também o diretor do filme.

Melhor roteiro adaptado

Kevin Winter | Getty Images |Reprodução

“Infiltrado na Klan”

Spike Lee foi aplaudido de pé no Dolby Theatre, em Los Angeles, ao subir no palco para receber o Oscar de melhor roteiro adaptado por “Infiltrado na Klan”. É o primeiro Oscar da carreira do cineasta.

Lee dividiu o prêmio com Charlie Wachtel, David Rabinowitz e Kevin Wilmott, que o ajudaram a adaptar o livro autobiográfico de Ron Stallworth, policial negro que se infiltrou na organização racista Ku Klux Klan nos anos 1970.

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“Façam a escolha moral entre o amor e o ódio. Façam a coisa certa!”, exclamou o diretor e roteirista, invocando o seu filme “Faça a Coisa Certa”, lançado em 1989.

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Melhor trilha sonora – Melhor direção de arte – Melhor figurino

Foto: Reprodução

“Pantera Negra” 

Elogiado pela crítica e sucesso de bilheterias ao redor do planeta, “Pantera Negra” traz a trilha sonora como um dos pontos fortes do filme.

O responsável por este trabalho foi o principal rapper da atualidade nos EUA: Kendrick Lamar. Produtor executivo, compositor e cantor em determinadas faixas, o artista californiano teve liberdade total do diretor Ryan Coogler para construir a identidade sonora do longa da Marvel Studios.

Melhor canção original

Foto: Reprodução

Shallow” – “Nasce Uma Estrela”

A cantora Lady Gaga foi premiada na categoria de melhor canção original por “Shallow”, do filme “Nasce Uma Estrela”.

Muito emocionada, Gaga foi ovacionada pelos famosos presentes na premiação e subiu ao palco chorando. Em seu discurso, ela fez um agradecimento especial a Cooper: “Obrigada por acreditar em nós”.

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“Não tem a ver com vencer; tem a ver com não desistir. Se você tem um sonho, lute por ele”, afirmou.

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Melhor documentário de longa-metragem

Foto: Reprodução

“Free Solo” 

Produção de Elizabeth Chai Vasarhelyi, Jimmy Chin, Evan Hayes, Shannon Dill. Free Solo, acompanha o alpinista Alex Honnold em sua tentativa de se tornar a primeira pessoa a escalar sozinha o monte Yosemite, o que resultou em um dos maiores feitos da história na área.

Escolhido como melhor documentário do ano no Bafta e premiado no Critics Choice Documentary (melhor documentário esportivo). Foi eleito um dos melhores do ano pelos críticos de Austin, Central Ohio, Chicago, Dallas-Forth Worth, Denver, Detroit, Florida, Georgia, Houston, Iowa, Kansas, Los Angeles, Carolina do Norte, North Texas, Phoenix, San Diego, São Francisco, St. Louis, Toronto, Vancouver e Washington, além de ter ganhado em Seattle. 

Melhor mixagem de som – Melhor edição de som – Melhor edição

Foto: Reprodução

“Bohemian Rhapsody” 

O filme “Bohemian Rhapsody”, que conta a história da banda britânica de rock Queen, dominou as categorias técnicas do Oscar 2019, com três vitórias. 

“Bohemian Rhapsody” foi escolhido o melhor em Montagem, Edição de Som e Mixagem de Som

Melhor curta de animação

Foto: Reprodução

“Bao”

Escrito e dirigido por Domee Shi, “Bao” conta a história de uma mãe chinesa-canadense que sofre com a  sindrome do ninho vazio e que recebe uma segunda chance de ser mãe quando faz um bolinho de massa que ganha vida. No Brasil, abriu as sessões de “Os incríveis 2”.

Melhor Curta-metragem live action

Foto: Reprodução

“Skin” 

O filme acompanha, pela perspectiva da criança, as inquietações contraditórias e dicotomias entre o afeto familiar e o ódio ao próximo. O elogiado diretor Guy Nativv usa o curta para evocar a reflexão sobre comportamentos que são bem atuais na sociedade.

Melhor documentário de curta-metragem

Foto: Reprodução

“Period. End of Sentence.”

A diretora Rayka Zehtabchi apresenta as mulheres que, produzindo absorventes de baixo custo em uma inovadora máquina, estão adquirindo a independência financeira e mudando suas vidas completamente.

Melhores efeitos visuais

Foto: Reprodução

“O Primeiro Homem”

O longa dirigido por Damien Chazelle (“La La Land: Cantando Estações”) usa os efeitos especiais para revelar a história de Neil Armstrong (Ryan Gosling), o primeiro homem a pisar na Lua

Melhor maquiagem e penteados

Foto: Reprodução

“Vice” 

Transformar Christian Bale no ex-vice-presidente Dick Cheney funcionou, e Greg Cannom, Kate Biscoe e Patricia Dehaney confirmam o favoritismo e levam o Oscar de Melhor Maquiagem e Penteado por “Vice”.

Foto: Reprodução

Com informações: Uol / Cineset / Papo de Cinema / O Globo

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