Projeto Trilha Verde Noronha: a partir de 2030 só poderão circular veículos elétricos na ilha

Projeto da Neoenergia leva 18 veículos elétricos ao arquipélago. Serão instalados ainda 12 ecopostos e duas novas usinas solares na ilha

Um novo impulso no processo de descarbonização do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, foi lançado, nesta segunda-feira (21), pela Neoenergia Pernambuco. O Projeto Trilha Verde Noronha vai ampliar a mobilidade elétrica, com a inserção de 18 veículos elétricos na ilha, além da construção de mais duas usinas solares, sendo uma delas com sistema de armazenamento para utilização à noite, com o objetivo de suprir a necessidade da frota, que contará, inclusive, com quatro buggies. 

Os veículos elétricos serão incorporados às principais atividades econômicas do arquipélago, como o trade turístico, administração da ilha e à própria operação da Neoenergia. A intenção do projeto é avaliar os veículos nas mais variadas atividades.

De acordo com o governador Paulo Câmara, a ação vai permitir que o Estado possa servir como modelo para implantação de veículos elétricos em demais regiões do País. 

“Essa grande ação vai ajudar a partir das boas práticas, para que sejam aplicáveis em todas as regiões de Pernambuco e do Brasil. Vamos continuar desenvolvendo, levando a economia a crescer, ajudando o meio ambiente”, declarou o governador.

Lançamento do Projeto Trilha Verde Noronha, da Neoenergia Pernambuco, com apoio do Governo do Estado e da Renault. Foto: Artur Mota/Folha de Pernambuco | Reprodução

As duas usinas solares que serão construídas servirão para o abastecimento dos veículos. “Precisamos inserir mobilidade elétrica na ilha de forma definitiva, e isso se faz a partir da energia fotovoltaica. Teremos que ter geração limpa, vamos criar duas usinas solares, que terão capacidade de gerar 3 vezes mais o abastecimento dos veículos”, disse o presidente da Neoenergia Pernambuco, Saulo Cabral.  

O projeto é um dos incentivos à Lei Estadual 16.810/20, que proíbe a entrada de veículos a combustão na ilha a partir de agosto de 2023, e, a partir de 2030, será restrita a circulação de carros movidos a gasolina, diesel e etanol.

Serão 18 veículos elétricos destinados ao arquipélago, sendo 4 buggies. Foto: Artur Mota/Folha de Pernambuco | Reprodução

O projeto faz parte do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Neoenergia, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com o Governo de Pernambuco, da Renault, WEG, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), IATI, do CPqD, eiON e Incharge.

Até o final do próximo ano, os veículos elétricos e os recursos energéticos utilizados no projeto serão estudados, e as informações coletadas, submetidas a avaliações de viabilidade dos modelos de negócios. Será ainda elaborado um mapa orientativo para futuras ações relacionadas à mobilidade elétrica na ilha.

Governador Paulo Câmara e o Presidente da Renault no Brasil, Ricardo Gondo no Renault Zoe, um dos veículos destinados ao arquipélago. Foto: Artur Mota/Folha de Pernambuco | Reprodução

O projeto prevê 12 novos ecopostos, que serão instalados em pontos estratégicos de Noronha e disponibilizados para todos os carros elétricos do arquipélago.

Serão oito pontos de recarga com potência de 22 kW, que possibilitam uma recarga mais rápida, e outros dois com potência de 7,4 kW. As duas últimas unidades terão suporte a V2G (vehicle-to-grid), que possui um fluxo bidirecional, ou seja, o veículo pode usar a estação para recarga ou para “devolver” a energia não utilizada, como em eventuais períodos de alta demanda da rede.


Com informações: Folha de Pernambuco

Edição: Josy Gomes Murta


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