Ressocialização: projeto de horticultura orgânica na Penitenciária Padrão de Santa Rita

Diminuir o ócio, ajudar a remissão da pena, capacitação, geração de emprego e renda. Um projeto de horticultura orgânica na Penitenciária Padrão de Santa Rita (PB) ganhou um reforço com uma capacitação na produção de composto orgânico, concluída nessa semana, pela Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa).

A ressocialização foi oferecida a 12 apenados que vivem em regime fechado e agora vão poder incrementar a produção de quase 70 kg de hortaliças e verduras por mês.

Iniciativa

A horta foi idealizada e implantada há seis meses pelo coordenador do Projeto Agricultura Periurbana em Unidade Prisional da Penitenciária, Edson Firmino. A ideia era apostar numa iniciativa como forma de garantir a maioria dos produtos produzidos na mesa dos apenados, tornando o lugar autossuficiente. Alguns não chegavam a compor o cardápio dos detentos. “A nossa iniciativa já está servindo de modelo para outras unidades prisionais, e o Silvio Porto já está em fase de seleção dos apenados”, destacou.

A 2ª fase do projeto visa comercializar o que foi produzido para tornar a horta autossustentável. Segundo Edson, a projeção é de que haja um faturamento mensal entre R$ 2 a R$ 4 mil.

A iniciativa assistida pela Empasa, além de ajudar na produção de composto com mais qualidade para a própria horta, vai colaborar nos projetos da agricultura familiar do município de Santa Rita, cujos entendimentos nesse sentido foram mantidos na quinta-feira (7), onde o município deverá destinar os resíduos orgânicos provenientes do Mercado Público do centro da cidade, já que o presídio não produz a quantidade suficiente, exigida na produção

Consciência limpa
Foto: Reprodução

Em contrapartida, a secretaria municipal de Agricultura deve receber o composto produzido no presídio para utilização nos projetos produtivos de horta orgânica do município. “Além de tornar a unidade prisional autossuficiente na produção de hortaliças e verduras, incentiva a ressocialização dos apenados e a diminuição da pena. Ainda estamos dando o destino correto dos resíduos orgânicos e ajudamos outros projetos similares no município de Santa Rita”, lembrou Edson Firmino.

Módulos

A capacitação da Empasa, foi oferecida em dois módulos, contemplando inicialmente as aulas teóricas e depois as práticas com programação de 20 horas/aula, abordando no conteúdo assuntos como: coleta seletiva e sua importância, classificação e transformação.

“Estimular essa consciência limpa nas pessoas não tem preço, pois você começa a entender que o meio ambiente precisa ser tratado com outro olhar, pois devemos fazer valer o que está no artigo 255 da Constituição Federal ao declarar que precisamos cuidar da geração, não só a atual, mas a futura, com o destino correto dos resíduos”, declarou a gestora Ambiental que coordena o Programa de Compostagem da Empasa, Silvana Alves.

O presidente da Empasa, José Tavares Sobrinho, lembrou do compromisso social em humanizar a rotina dos apenados e investir na capacitação deles, visando à reinserção no mercado, e a estatal vem contribuir não só com essa iniciativa, mas com outras que possam gerar dignidade humana por meio de atividades produtivas, inerentes do setor primário.


Com informações: Secom-PB 

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