Economia do compartilhamento de bens colaborativos e seus impactos
Por Regina Medeiros Amorim
Estamos caminhando para a era dos bens comuns colaborativos, que pode melhorar as nossas vidas e promover a economia da abundância, com criatividade, compartilhamento e sustentabilidade.
Os bens comuns colaborativos são geridos por instituições formais ou informais, que engajam bilhões de pessoas, em aspectos sociais da vida e que geram o capital social da sociedade, como exemplo: as instituições de caridade, os grupos culturais e artísticos, instituições religiosas, cooperativa de produtores e consumidores, organizações de assistência à saúde e muitas outras entidades.
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Os bens comuns sociais já estão impactando a vida econômica, porque são movidos por interesses colaborativos e guiados pelo desejo de se conectar com os outros e compartilhar.
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É o novo empreendedorismo social que se insere nas redes colaborativas, mais interativo e mais comprometido com a qualidade de vida do planeta, menos preocupado em possuir e mais engajado em transformar as condições de uma economia da escassez em uma economia da abundância. Caminhamos para uma sociedade com menos custos e mais bem-estar social, uma maneira totalmente nova de organizar a vida econômica.
A grande maioria da geração milênio, ou seja, os nascidos entre 1981 e 1995, pensam como empreendedores sociais, criam empresas ecologicamente corretas, potencializam o financiamento de projetos criativos de forma colaborativa (crowdfunding), através de plataformas digitais.
Muitas empresas já estão desenvolvendo estratégias para a transição do mercado convencional para o mercado colaborativo. Essa transição vem ganhando força em todos os países, visando criar uma economia global mais justa, mais humana e sustentável.
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É possível que, em 2050, a economia do compartilhamento de bens colaborativos se estabeleça como a principal força para a transformação do sistema econômico atual, permitindo uma nova era econômica, mais colaborativa e compartilhada.
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A Internet das Coisas (IdC) é uma tecnologia disruptiva, que influencia a forma de vida econômica e aumenta a produtividade. Uma plataforma que conecta todas as coisas, via sensores e software, numa rede global integrada. Está presente nos serviços de saúde e nos sistemas de segurança, mas também é utilizada para criar cidades inteligentes, administrar os ecossistemas do planeta e até monitorar a maneira como se produz e distribui alimentos.
A Internet das Coisas também contribui para a criação de um futuro mais sustentável e abundante, porque direciona o crescimento de bens de consumo colaborativos, como modelo dominante da vida econômica de todos.
É preciso compreender que a Internet das Coisas é a primeira revolução de infraestrutura inteligente da história, que irá conectar em um único sistema operacional, as novas tecnologias de comunicação, as fontes de energias e a tecnologia dos transportes, permitindo integrar organizações sociais mais complexas e interdependentes.
A transformação da vida econômica está reformulando a maneira como a sociedade pensa sobre desenvolvimento econômico. O poder da inovação e da criatividade na sociedade colaborativa está influenciando mais o desejo de promover o bem-estar social, do que a expectativa de recompensa financeira.
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O futuro colaborativo vai ampliar cada vez mais, a participação e a criatividade das pessoas, transformando o mercado convencional em um mercado mais humano e eficiente, enquanto o desenvolvimento econômico vem influenciando na maneira como nos relacionamos com o mundo, em que vivemos.
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Milhares de empresas estão ajustando a mudança de posse para o acesso, promovida pelo novo comportamento do consumidor. Nos tempos atuais as pessoas compartilham quase tudo, desde automóveis, bicicletas, roupas, ferramentas e até habilidades pessoais, em comunidades conectadas em rede. Essa é uma forma de comprar menos, economizar mais e compartilhar com os outros.
Todos os dias, milhares de pessoas praticam o consumo colaborativo, que permite o acesso a produtos e serviços, ao tempo em que economizam dinheiro, espaço e tempo, aumentam o uso eficiente e reduzem o desperdício. Este é um dos caminhos para a jornada do futuro, onde a vida tende a ser sustentável e essencial, para a nossa sobrevivência.
Regina Medeiros Amorim