Escola Comum: formando novos líderes nas periferias brasileiras

Inédito. O projeto de ensino é inspirado nas escolas de governo internacionais, e que pretende formar novos e jovens líderes nas periferias brasileiras.

A Escola Comum, como o próprio nome da instituição diz, pretende transmitir os valores “do compartilhamento, comprometimento social, comunidade, coletividade e bem-comum”.

O projeto pedagógico foi idealizado por um grupo de acadêmicos e ativistas: Ana Paula Vargas, Elaine Lizeo, Esther Solano, Fábio Bezerill, Rosana Pinheiro-Machado, Tulio Custódio e Will Schlmatz, que já trabalhavam com formação de lideranças e periferia.

As aulas iniciaram no último dia 3 de março. Os estudantes têm entre 16 e 19 anos e todos vivem nas periferias de São Paulo. Todos possuem alto rendimento acadêmico e pertencem a famílias com renda per capita mensal de até dois salários mínimos.

“Se você pudesse mudar o mundo o que você faria?”

Os alunos tiveram que apresentar cartas de recomendação, elaborar texto e vídeo a partir da pergunta “Se você pudesse mudar o mundo o que você faria?” e passar por uma entrevista. Mulheres negras formam a maioria dos aprovados.

A aluna Alexia Oliveira tem apenas 19 anos e já está muito segura sobre seu “projeto de vida”. Ela quer abrir um cursinho pré-vestibular no bairro onde vive, Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, “porque na periferia você não vê as pessoas nas universidades e cursos técnicos”. Alexia quer mostrar “que existe um caminho diferente” ao do subemprego e que seus vizinhos também “podem acessar esses espaços”, geralmente reservados às classes médias e elites.

“Acredito que a principal ferramenta que a Escola Comum vai me dar é o conhecimento,” diz Alexia Oliveira.

A estudante busca uma base, para um dia levar adiante seu plano, e a Escola Comum chegou para fazer diferença na vida da Alexia e de outros jovens líderes das periferias brasileiras.

As aulas acontecem aos sábados, no número 2150 da avenida São João, em um imóvel conhecido como Castelinho da Rua Apa. Alexia e seus colegas chegam por volta das dez da manhã, cheios de ideias e projetos para participar das aulas. Os jovens que moram longe da instituição contam com um auxílio transporte, para que possam se locomover.


Com informações: El País

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