Prêmio Kindle de Literatura para autores independentes ganha segunda edição

Uma escrita silenciosa e solitária logo ganhará os olhares, toques e a audição de um público leitor. Com a tecnologia e as plataformas de leitura digital, a saga do autor em busca de uma editora foi encurtada. Publicar uma obra se tornou uma tarefa mais simples e democrática. Para reconhecer o trabalho de escritores independentes foi criado o Prêmio Kindle de Literatura, que chega neste ano a sua segunda edição.

O anúncio foi feito pela Amazon e a editora Nova Fronteira na quinta-feira (29). As inscrições começam no dia 1º de agosto e vão até 31 de outubro. Para concorrer, os escritores devem publicar seus romances ou obras de ficção inéditas e em português no Kindle Direct Publishing (KDP).

O KDP foi criado para deixar o controle da publicação na mão no autor. Foto: Divulgação

As obras serão avaliadas por editores selecionados pela Nova Fronteira e pelos escritores Carlos Heitor Cony e Geraldo Carneiro. Criatividade, originalidade e qualidade literária são alguns dos critérios considerados na escolha.

A autora ou o autor que vencer a premiação só será conhecido em janeiro de 2018. O ganhador ou ganhadora receberá R$ 30 mil e poderá assinar contrato com a Nova Fronteira para lançar a versão impressa do livro.

O Kindle é um popular dispositivo de leitura de e-books da empresa norte-americana Amazon. Foto: Reprodução

Segundo Ricardo Garrido, gerente geral da Amazon para e-books, a ideia é atrair mais autores de todos os tipos para aumentar a visibilidade do prêmio. Fica a cargo dos escritores todas as etapas do processo de publicação, desde da capa até a definição do preço da obra. Podem ainda receber até 70% de royalties com as vendas do livro.

Na primeira edição do prêmio foram inscritos 1.700 autores brasileiros, de 460 cidades. A plataforma recebeu mais de 2 mil novos livros em seu catálogo digital. Entre eles, mais de 30 estiveram entre os 100 e-books mais vendidos. A vencedora da premiação foi a mineira Gisele Mirabai, com a obra literária Machamba.

Gisele Mirabai vencedora da primeira edição com o livro “Machamba”. Foto: Divulgação/Nando Dias Gomes

A escritora e roteirista comentou sua experiência com a premiação. “Para mim, o prêmio foi uma ponte: do digital para o impresso, dos ‘nãos’ que eu tinha recebido para o ‘sim’ que eu tanto queria ouvir, mas também uma ponte para um mundo novo, que conecta a autonomia e liberdade da autopublicação, com a qualidade e exigência do mercado de literatura contemporânea”, disse Gisele Mirabai.

O prêmio é uma oportunidade para os autores destacarem seus trabalhos. “Nós incentivamos os autores a deixarem seus livros para baixar gratuitamente no início da publicação, assim podem circular, ganhar resenhas e fazer um público”, aconselhou Janaína Senna, editora de literatura nacional da Nova Fronteira.

Confira no site o edital e o regulamento completo: https://goo.gl/Jj8dwD

Com informações: Techtudo / G1 / Estadão / O Globo

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