12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

Fatos minuciosamente investigados, prática peculiar de tornar público os acontecimentos com precisão, ousadia e responsabilidade.

Jornalistas que se notabilizam pela investigação e tratamento justo das informações, conectados em transmitir a “verdade jornalística”, no maior encontro de jornalistas do país.

A Universidade Anhembi Morumbi inicia a partir de hoje (29) e termina a 1º de julho no campus Vila Olímpia, na Rua Casa do Ator, 275, o 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.

Jornalismo Investigativo. Foto: Reprodução

Em sua versão 2017, o congresso vai reunir palestrantes internacionais, como o editor do Washington Post, Martin Baron, e a vencedora do Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo, Laura Castellanos.

De acordo com as informações, o evento inclui mais de 70 palestras, painéis e cursos práticos sobre temas como jornalismo de dados, uso de mapas em reportagem e cobertura de crises humanitárias.

Tradicionalmente os painéis e oficinas práticas serão realizados em paralelo com as atividades. O participante deverá escolher o painel que quer assistir em cada horário. Também haverá sessões exclusivas.

Painéis participativos/12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Foto: Abraji

Duas sessões de networking sobre empreendedorismo e segurança para jornalistas, dentro da programação interativa e aberta a todos os participantes, nos estandes do Google, Twitter e Facebook. As atividades ocorrem nos intervalos dos painéis do evento e têm duração de trinta minutos até uma hora.

Entre as atividades de destaque, o Google oferece oficinas sobre jornalismo imersivo, jornalismo de dados e como usar o Google News Lab e o Google Analytics; o Twitter, sobre distribuição de conteúdo, storytelling na rede social e técnicas do Tweetdeck, Periscope e Moments. A única atividade do Facebook, que se repetirá em todos os intervalos, será um helpdesk sobre Instagram, Facebook e Crowdtangle.

 “Boas histórias, boas reportagens”

Jornalismo investigativo. Foto: Reprodução

No 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo serão apresentadas mais de dez grandes reportagens produzidas no último ano. Na programação, o eixo temático “Boas histórias, boas reportagens”.

Normalmente em anos anteriores, busca-se sempre compartilhar com o público os bastidores e ensinamentos de histórias de impacto.

“Pós-verdade” 

Sessão Especial: “Pós-verdade”.  12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Foto: Abraji

O debate dos temas mais inquietantes do jornalismo contemporâneo vai acontecer na sessão especial: “Pós-verdade, credibilidade e inteligência digital: o jornalismo no fogo cruzado” é uma das atrações do 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo neste ano. 

Com destaque para a participação do editor-executivo da Folha de S.Paulo, Sérgio Dávila, do editor da edição brasileira da Columbia Journalism Review, Carlos Eduardo Lins da Silva, e do líder de parcerias em mídia no Facebook para a América Latina, Luis Renato Olivalves.

Jornalismo digital. Foto: Reprodução

A mesa vai discutir como o jornalismo pode manter a relevância e a credibilidade sem ser “engolido” pela pós-verdade e a distribuição massiva de notícias falsas no ambiente digital. A mediação é de Angela Pimenta, presidente do Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo.

“[O jornalismo profissional] serve como um detergente contra a intolerância, que infelizmente tende a crescer num clima de polarização política e divulgação de notícias falsas como o que vivemos no Brasil e no mundo hoje”, enfatiza Dávila, da Folha. 

Blendle: o iTunes do jornalismo

“Blendle: o iTunes do jornalismo”. 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Foto: Abraji

A sessão especial “Blendle: o iTunes do jornalismo” acontece nesta quinta-feira, 29 de junho, das 11h às 12h30.

A jornalista Jessica Best, chefe de operações da plataforma Blendle, vai falar dos resultados que o site tem obtido e de seus aprendizados sobre o consumo de jornalismo nos dias de hoje.

A editora aponta que os usuários do Blendle não têm interesse em ler notícias sobre o que está acontecendo, mas sobre o porquê de as coisas acontecerem como acontecem. Por esse motivo, em vez de trabalharem com notícias quentes, os jornalistas da plataforma buscam selecionar reportagens investigativas, analíticas ou, às vezes, até mesmo “de serviço”, que sejam úteis para os leitores.

“Blendle: o iTunes do jornalismo”. Foto: Reprodução

“Mas elas têm que ser boas. Uma descoberta de uma pesquisa que pode impactar nossa dieta não pode ser contada num ‘release’; ela tem que ser realmente excelente, científica, e explicar aos leitores o que eles devem entender”, destaca Jessica.

Lançada em 2014, na Holanda, a plataforma Blendle reúne, distribui notícias, colunas e artigos de veículos de comunicação do mundo inteiro. Inspirada em modelos como Netflix, iTunes e Spotify.

 “A missão do Blendle é simples: ajudar as pessoas a descobrirem o que há de melhor sendo feito no jornalismo, mas de uma maneira muito fácil, bonita e agradável”, resalta Jessica.

Grandes Reportagens

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Foto: Abraji

Mais de dez grandes reportagens produzidas no último ano no jornalismo brasileiro e internacional serão apresentadas no 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.

A programação compõe o eixo temático “Boas histórias, boas reportagens”, já tradicional no evento, que busca sempre compartilhar com o público os bastidores e ensinamentos de histórias de impacto. 

Redação gerida pelos próprios jornalistas

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Javier Borelli. Foto: Abraji

No 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, o jornalista, subeditor do jornal Tiempo Argentino e presidente da cooperativa Por Más Tiempo, Javier Borelli, vai contar “o que acontece quando a redação toma o controle do jornal”.

O painel Javier Borelli acontece no sábado, 1º de julho, das 14h às 15h30. Ele será entrevistado por Martín Fernandez, do Globo Esporte.

Cursos de jornalismo de dados

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Foto: Abraji

Doze oficinas de jornalismo de dados serão oferecidas ao público. Tiago Mali, coordenador de cursos e instrutor do curso de jornalismo de dados da Abraji,  explica: “Para esse ano diversificamos as oficinas e estamos dando espaço para cursos mais longos e avançados. Queríamos tempo para aprofundar temas que demandam mais, como programação em Python ou investigação de gastos públicos”.

Além da linguagem Python, os cursos trabalharão com outra linguagem avançada, como SQL, e também com ferramentas intermediárias e simples, como Prompt de Comando, CartoDB, Google Fusion Tables, Google Planilhas e Excel. As técnicas que serão apresentadas envolvem desde cruzamento e raspagem de dados até manuseio de grandes bases e programação.

Carlos Wagner será o homenageado

Repórter gaúcho Carlos Wagner.  Foto: Reprodução

Este ano o Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, homenageia o repórter gaúcho Carlos Wagner, que fez história no jornal Zero Hora.

A partir das 16h30 de hoje, numa sessão solene. Na oportunidade será exibido um mini-documentário produzido pela Abraji sobre a carreira do repórter.

Sérgio Gomes Premiado – Repórter do Futuro

Sérgio Gomes Premiado/Projeto Repórter do Futuro. Foto: Abraji

O Prêmio Abraji de Contribuição ao Jornalismo, destaca pessoas e instituições que prestam auxílio relevante ao jornalismo brasileiro, será entregue a Sérgio Gomes pelo trabalho à frente do Projeto Repórter do Futuro. A sessão solene acontecerá no 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.

Conhecido como “Serjão”, o jornalista, além de coordenador do projeto é diretor da OBORÉ – Projetos Especiais em Comunicações e Artes e integrante do Conselho Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog desde sua fundação. Tem mais de 40 anos de carreira dedicada ao jornalismo.


Serviço

12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

Universidade Anhembi Morumbi

Rua Casa do Ator, 275, Vila Olímpia – São Paulo, SP

29 e 30 de junho e 1º de julho de 2017


Com informações: Estadão / Abraji 

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